segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

2008 em imagens























quarta-feira, 24 de dezembro de 2008



Feliz Natal!

É tempo de paz, disse-me. E continou em frente. Tinha barbas, era alto e forte. Deixou, no seu olhar, uma incerteza de rumo. Mas a certeza de que Natal é isto: tempo de paz.

Desejo a todos que acompanham este blog, este quase-diário, um Feliz Natal. E deseja-lo pede que tambem o saiba sentir! Nao é facil! Nos dias de hoje, passa-me quase ao lado.

Mas os momentos com a familia, no Algarve, acendem essa chama que gosto de ver brilhar. É natal!

domingo, 21 de dezembro de 2008


Ao meu Grupo de Jovens...

... Obrigado!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Nós


De salientar que tu e a Bayley sao as unicas caras normais.

Indo ao assunto sério: foi brutal. Pelas músicas, mas tambem pelo ambiente. Nós todos, lá atrás, num banco, e uma vez iam uns... depois outros... depois fui eu. E feito. Concerto feito.

Enquanto voces cantavam uma musica a 4 em que o Ricardo nao estava, virei-me para ele e disse na brincadeira: "Esta é a nossa grande familia gregoriana!". E é mesmo.

Sei que te tem faltado, porque dizes, uma certa reação daquelas pessoas que esperamos sempre que fiquem tao entusiasmadas quanto nós. Eu sei, e percebo-te, como tambem te disse. E nestas alturas que nós somos... a familia gregoriana!

Somos nós que actuamos em frente a 200? 300? 400 pessoas? Nao sei quantas foram, mas as suficientes para encher a igreja.

Somos nós que crescemos à procura dalgo fabuloso. E temos que lutar para isso. E enquanto "lutamos" lado a lado, se reparares, as coisas tornam-se mais faceis.

Estamos na melhor escola do país, diz muita gente entendida da matéria. E é como te digo: a escola faz-se, claro, dos seus professores, mas tambem dos seus alunos!

Enquanto cantavas a tua música a solo, milhares de cabeças pairavam curiosas. Tens uma pose fantastica, e mais que isso, uma voz fantastica. Vais longe, disse nao duvidamos. Nao so eu... somos nós todos que temos a certeza de o teu futuro é certo :)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Nao te esqueças:

"O Caminho faz-se caminhando."

E tu.. tu sabes caminhar muito bem :)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Les Bergers


Ao nosso jeito, vamos desbravando o caminho.

"Caminho !", como tu lhe chamaste.

Umas vezes, eu lidero os trilhos, traço mapas e novas etapas. Noutras, tu conduzes, gesticulas, lideras.

E caminhando juntos, o passeio torna-se mais agradavel.

Porque sei que estás aí...
...porque eu tambem estou aqui, sempre, para ti!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Para repetir


Um dia, em tom de brincadeira e a meio de uma conversa, alguem sugeriu que podiamos ir cantar para a Baixa.

Fomos!

E vamos lá voltar outra vez. Avisarei em tempo oportuno.

Porque nao há nada como a música.. partilhada :)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Um dia




Um dia...

Um dia saberei Cantar esta música. E dar-lhe significado a todas as linhas, e nao só a algumas.

Um dia...

Sem pressas!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Driving through the night


O Luis tinha acabado de fechar a porta do carro, e eu esperava que ele fosse para dentro do seu prédio, para poder ir embora. Tinhamos saido de mais um ensaio com os escuteiros, e eu tinha-o ficado de levar a Telheiras.

O que eu nao esperava era companhia na viagem de volta para casa. E assim, quando o Luis saiu do meu horizonte e eu me preparava para trancar as portas, alguem deita a mao à porta do lado do passageiro. Fico estarrecido. Tranquei rapidamente as portas, e continuei a olhar para o sujeito. Nao lhe via a cara, apenas o corpo. Nao era muito grande, nem muito forte, e estava vestido com roupas um bocado estranhas.

"Túnicas?!" - pensei. Era o que pareciam. Mas nao fazia muito sentido.

O sujeito la resolveu baixar-se e mostrar a sua cara. E...

"Ah! Ahahhahha!" - ri alto. Abri as portas do carro. Aquele sorriso que me olhava era inconfundivel. Deixei-O sentar-Se ao meu lado. Melhor dizendo, Ele deixou que eu O pudesse transportar naquela viagem. Sentou-Se, Olhou para mim e riu-se alto:

"Entao André? Mas querias que eu ficasse à chuva? Olha que estas roupas nunca foram as minhas predilectas para esta época!"

Que Jesus tem uma maneira peculiar de fazer as coisas, eu ja sabia. Mas surpreende-me sempre. Liguei a musica, tinha levado um cd de Natal.

"Desculpa lá. Nao tens medo de vir comigo? Tu... deves ter outras maneiras mais... seguras." - respondi com um riso.

"Estou aqui porque gosto de fazer companhia. E a viagem ainda é um bocado, e dá para falarmos."

Inversão de marcha, e arranquei. Estranhei a Sua presença, embora soubesse que precisava. A noite chuviscava, os carros eram poucos. Sinal vermelho. Aproveitando a paragem, olhei para Ele. Percebi que tinha de falar. E desta ver, fui eu que adivinhei as perguntas d'Ele. Hábitos.

"Está tudo bem. Um bocado cansado, as semanas tem sido a dar o litro, sempre. Com momentos de descanso para equilibrar."

Ouvi-O a rir-se.

"Se fosse só isso.. Vá, conta la. Sem medos. Sou eu, caramba!"

Cocei a cabeça. Sinal verde. Avancei lentamente, a pressa de chegar a casa nao era muita.

"Faz-me confusão. Nao sei o quê, mas algo anda a fazer-me confusao...."

Jesus inclinou-se para a frente, apoiou os cotovelos nas pernas, e a cabeça nas maos. Nao tinha cinto. Avisei-O. Ele olhou-me com um olhar quase irónico. Suspirou e disse:

"Percebo-te. Mas em verdade, em verdade te digo: louco é aquele que nao sonha." e endireitando-se, disse: "Ja viste bem o sonho de meu Pai? Se alguem aqui tivesse esse sonho, chamar-lhe-iam louco. Achas que é?"

"Nao. Mas digamos que logo à partida é um bocado surreal."

Jesus fez um ar conclusivo. Como alguem que tinha acabado uma demonstração matemática muito complicada, ou tinha acabado de tocar algumas peças de Messiaen muito complicadas. Levantou a mao, e apontou. Apontou para a frente:

"Que te faz crer que naquele cruzamento aparecerá um carro vermelho, de matricula acabada em 08?"

"Nada",
respondi. E realmente, porque haveria?

O meu carro avançava calmamente pela noite. E no cruzamento, um STOP obrigava-me a parar, e a abrir a boca em sinal de espanto: à minha frente passava um carro vermelho, de matricula acabada em 08.

"Falta-te fé. Falta-te sonhar."

E dito isto, abriu o porta luvas, tirou uma caneta e um papel, assinou uma receita, como se de um médico se tratasse.

"Quero que ponhas isto, algures no teu quarto."
, e dito isto, entregou-me o papel. Dizia: "Fé, Sonho". Apenas duas palavras. A letra era parecida com a minha. Olhei mais atentamente. Era a minha! E olhei para o modo como Ele escrevia: esquerdino. Achei piada.

O carro continuou, estavamos a chegar perto.

As luzes começaram a apagar-se. Tinha os médios ligados, mas pareciam nao iluminar muito.

Estava a deixar de ver o caminho.

Olhei para Ele uma última vez, sem perceber o que se estava a passar.

"Sonha e tem Fé. O resto... eu trato."

E num sobressalto, acordei.

Será que Ele seria mesmo esquerdino?

Nao sei. Mas o papel... esse está lá no meu quarto.