terça-feira, 13 de julho de 2010
Agenda
12 de Julho, no mar, algures numa praia da Costa da Caparica:
O tempo para decidir escaceia, e faltam dados importantes. Contudo, creio que é tambem preciso olhar para o que foi feito em 3 anos.
Em 3 anos, decidi eu, quis tirar o curso de Matemática Aplicada. E decidi tambem, a certa altura, que queria fazer Órgão no IGL. Ja fazia, mas a certa altura quis fazer bem feito. Praticamente dois cursos ao mesmo tempo. O resultado?
O resultado fala-se pelo meu mês de Maio e Junho deste ano. Resumem um bocado a vivencia destes 3 anos, mas agora condensada e realista.
Ontem peguei no telemovel e fui ver a minha agenda destes 2 meses. Quis-me convencer que os resultados no IST nao apareciam porque era impossivel que aparecessem. Nao porque seja estupido. Relembro, entao:
O mês de Maio começava "agitado", com a proposta de fazer o teatro "O Escopro de Deus". A preparação ja vinha de Abril, e o teatro teve lugar durante o Congressao da Jufra. O Congresso foi dia 7, 8 e 9 de Maio. Dia 7 de Maio de manha tinha teste no IST, e dia 10 ao meio-dia tinha o meu segundo recital do ano. Passado dois dias tinha um outro teste no IST, e passado mais dois dias tinha o meu exame de Órgão para acesso à ESML. No dia seguinte tinha audição de E.Vocal. As duas semanas que se seguiram ate ao final do mês foram para preparar o concerto no ISCTE, e a audição de Musica de Camara da Prof Elsa que seria no dia seguinte.
O mes de Maio estava perto de acabar. Dia 31, à hora do almoço, estava a caminho da Holanda para ir fazer as provas para Órgão, no Conservatório Real de Haia. O irónico é que dia 31 de manha estava a fazer um teste no IST.
Junho começava com "Holanda '10 - Parte 2". E que parte! Era inevitavel nao ter as emoçoes ao rubro, mas tambem o desempenho nao podia ter sido mais tranquilo: a alegria que tive minutos depois de saber o resultado valeu pelo ano inteiro. Contudo, sabia que mal voltasse, a rotina iria continuar. E assim foi: voltei numa sexta. Na quarta seguinte estava a acompanhar o Coro de Camara no concerto final na ESML. Passado 3 dias estava a cantar o meu programa de exame de E. Vocal numa audição. E na semana que viria, de dia 14, tinha o meu exame de Órgão na sexta. A semana teve estudo todos os dias de manha, até à uma, e desgastavam de maneira a que o estudo para o IST tornava-se mais lento (que era feito à tarde). E em menos de uma semana, começavam os exames de Matemática.. Terminava o mês de Junho.
Dois meses. Em dois meses fiz duas provas para Superiores, fiz uma viagem ao estrangeiro, testes no IST, exames no IST. Algumas coisas correram bem, outras mal.
Depois de fechar a agenda, estava certo: estou cansado, mas ainda sou capaz. Sim, um ultimo esforço pela Holanda!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Melancolia
Acabei de vir de um teste, do Instituto Superior Técnico (IST). O mais frustante do que chumbar a um teste, é sabe-lo mal se entrega. Ou antes de entregar. Estar a fazer e saber que nao se vai conseguir passar. O teste, entreguei-o ao professor da sala, que nao ligou à folha de rascunho amachucada, embrenhada com o enunciado, a voar para o lixo. Ninguem ligou. Mas para mim era simples: estou farto.
Farto ou cansado, triste ou melancólico. Nao são palavras sinónimas, mas neste momento bem que o parecem. Fui enganado. E isto remonta até ao meu 12º ano, onde por uma boa (e infelizmente longa) dose de tempo, fizeram-me crer que eu percebia de Matemática. Mas quem? E porquê?
Nao demoro muito até encontrar uma solução: o sucesso "fantasma" parecia indicar o caminho certo. Fantasma porque o sucesso é sempre relativo. Note-se que eu tinha 19 a Matemática numa escola que nao era propriamente bem cotada, e mesmo o exame sempre foi apontado como "dos mais faceis". Pensei, e nao o nego, que a ida para Matemática Aplicada no IST seria, então, algo bastante agradavel. Talvez um passeio na praia.. ingenuidade.
Fui enganado. Pelas minhas professoras de 12º e 9º ano. Tiveram culpa como? Sorrio, e desta vez com sinceridade. Elas eram espectaculares. E acho que muito do sucesso tambem se deveu (indubitavelmente) ao excelente relacionamento que se desenvolveu, assim como o ambiente que rodeava. Fizeram-me crer que simples, trabalhoso mas recompensador.
Entrei para o IST, na leve curiosidade de como iria ser. Ja passaram 3 anos. E é deprimente.
É deprimente. Os professores tem como "tempo extra" darem aulas, para assim poderem fazer as suas investigações. O estilo "nao-me-chateiem" é comum. Tenta-se disfarçar, promento "horários de duvidas com marcação por e-mail" e disponiblidade mil. Sorrio, mas desta vez ironicamente. Lembro-me das aulas "se alguem tiver duvidas, por favor, pergunte", seguidas de braços levantados, e de um "mas no final eu tiro". No final. É tudo a custo.
Lembro-me de ter ido tirar dúvidas a um professor, o semestre passado. Confesso que nao percebi nada do que me explicou. E sei que a duvida seria relativamente facil de esclarecer, porque eu dominava a matéria que a envolvia. Saí de lá mais baralhado do que entrei. Histórias.
Lembro-me de ter ido resolver um problema à secretaria, e uma das respostas que me deram foi: "E que tem o Técnico a haver com isso?". Na altura a frase fazia sentido, mas nao deixei de pensar no seu todo. Sim, que tem o IST com a nossa vida? Nada. Pede-se estudo, interminavel, uma vivencia agarrada a qual eu nao quero pertencer. Atenção, nao estou a dizer que nao quero trabalhar. Nao estou é interessado em tornar-me em mais um robot que eles produzem. Ou pelo menos, no meu departamento.
Fui enganado. Afinal nao percebo nada da Matemática-a-sério. É pena, até lhe acho uma certa piada. Conclusivo é o facto de afinal talvez a minha vocação ser mesmo para uma Matemática bem aplicada. Tao aplicada que nem se chame Matemática, mas outra area qualquer que a envolva.
E agora que a Música apareceu, a dúvida é derivavel de toda a teoria de cima. Estarei a cair no outro erro? Ha algo que me reconforta, entao: quem me conhece, sabe que sempre me acho um tosco a tocar. E que isto me incentiva a trabalhar. Sei tambem que nao sou, de longe, o melhor, e isso nao me faz problema.
Uma coisa é certa: a nota é a mesma, mas a preparação.. diferente.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
Gostava de vos agradecer por nos terem acolhido, a mim e à Laura, na nossa pequena grande aventura.
Apesar de tudo, houve mais que me marcou: sabiam que fiquei vidrado no relogio (da cozinha, penso) que nao parava de fazer "tic-tac" durante todo o dia e toda a noite? Fez-me lembrar Faro, onde tambem o mesmo som faz de banda sonora a quem la vive.
Apesar de traiçoeiro, gostei do sol. Foi estranho saber que eram 21:30, e ainda parecer 6 da tarde. Fez perceber tambem que Portugal tinha ficado la longe.
Fiz (prefiro dizer: fizemos) o meu dever, metade (talvez a maior parte?) deste percurso está feito.
Para depois fica o desfecho. Agora prometo que me vou esforçar!
terça-feira, 1 de junho de 2010
Dia D
As enormes janelas que cobrem a sala, o lento por do sol faz a musica embrenhar ainda mais. O "silêncio" só é interrompido pelas teclas que escrevo.
Hoje passámos o dia em Amesterdão. Estamos cansados, e sabe bem ter um tempo para parar.
Quinta é outro dia. Amanha é descanso.
Sei que sim.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Incertezas
Quando fiz a mudança do 9º ano para o 10º, a mudança de escola originou várias problemas burucráticos, e aí apenas sabia que iria fazer o 1oº ano. Nao onde estaria.
As hipoteses estão definidas, os percursos alternativos tambem, mas a verdade é que mesmo isso nao deixa qualquer certeza nem segurança: é como uma equipa de futebol que ganhou 2-1 em casa, numa eliminatória. Está a correr bem, mas pode descambar.
Tenho fé que vai ser possivel, com calma, chegar aos objectivos pretendidos, mas hoje, dia 20 de Maio de 2010, parece longiquo e inalcansavel. Parece utópico. Sinto que acredito em mim, mas tambem rara a vez, sinto que isso só nao chega.
Inegavel é a aventura que, depreendente da situação, se vive. O retorno à Holanda'10 nao será diversão, nem passatempo, nem férias: é uma decisão.
Espero, com calma, pelo desfecho.
domingo, 16 de maio de 2010
Mafra!
E ainda me continuam a surpreender. Depois de rejeitar um convite para a Inauguração dos 6 Órgãos de Mafra (indubitavelmente, um dos acontecimentos do ano, nacional e internacional), pois ja tinha reservado a tarde para os "Gregorianos", eis que me surpreenderam com... um bilhete para a Inauguração!
Claro está, nada é feito ao acaso, e nao foi logo que descobri onde iria estar à tarde. Uma venda nos olhos, uma viagem de carro de 40 minutos, um jantar fenomenal sem saber onde estava, e depois: Mafra!
Indescritivel e único.
terça-feira, 4 de maio de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Entro
Como? Em bicos dos pés.
Em silêncio. Faro tambem está em silêncio.
A ligação que tenho com esta casa é inacreditavel. É o meu refúgio. De tudo.
A luz da sala está acesa. Nunca vi tanta música em tanto silêncio.
É entao que percebo que Obrigado deve ser dos gestos mais simples e eficazes que existe.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A viagem
A viagem continua, longe de casa. A Ana procura saber como se vai para Keukenhof. Eu, daqui a 3 horas, tenho a aula de orgao.
Sao dias cheios.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Páscoa
Este ano debrucei-me sobre a passagem do malfeitor, aquando da crucificação de Jesus, Lucas 23, 40-43.
Note-se que esta passagem só acontece em São Lucas, "adepto" de conversões que revela nos seus textos. Nos outros Evangelistas, apenas a referecia de que os "malfeitores O insultavam". Não sendo suficiente para duvidar da veracidade da cena de São Lucas, permite uma interessante reflexão.
O malfeitor é o primeiro a acreditar na ressureição de Jesus, quando Este está crucificado: "Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino". Mais, quando todos os outros que nao eram discipulos de Jesus, O viram crucificado, duvidaram e "abanaram a cabeça" em sinal de reprovação. Contudo, foi ao ver Cristo crucificado que o malfeitor reconheceu: "Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplicio?", disse ao outro malfeitor.
É interessante pensar que o primeiro a acreditar e "perceber" os acontecimentos correntes era um malfeitor, que reconhecia o mal das suas acçoes! No seu sofrimento, foi humilde (?) para perceber que ao seu lado estava a ser crucificado Aquele que o ia salvar. Não hesitou.
Jesus nao ignora, é directo na resposta: "Hoje estarás comigo no Paraíso." Os primeiros a entrar no Reino seria Jesus... e um ladrão. Só revela a principal mensagem de reconciliação que Jesus trazia. É curioso notar que nos capitulos seguintes, tanto os discipulos como Maria e Maria Madalena, encontram-se fechados em casa, "nao se lembrava do que Jesus tinha dito acerca do terceiro dia".
O malfeitor tambem nao saberia, quase de certeza. Contudo, a ideia principal está que este se converteu, não num momento de pregação de Jesus, mas sim no momento mais duro da vida de cada um deles.
Pedro negou Jesus três vezes, e Este nem havia sido ainda crucificado. O malfeitor cumpre assim: "tudo o que pedirdes com fé, na oraçao, ser-vos-á concedido".
domingo, 4 de abril de 2010
sábado, 27 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
Talento para Amar
E foi no Varatojo que continuei a escrever dos capitulos mais interessantes da minha história. Esse capitulo, anónimo, foi preenchido por um retiro do meu Grupo de Jovens de Carnide.
Nao é preciso muito. É so preciso saber fazer, entregar, e olhar.
O tempo passa, ou nao tivesse sido mais este fim-de-semana um simples sequela duma inesquecivel história.
domingo, 14 de março de 2010
Filmes de vidas
"Pursuit of Happyness" foge da banalidade onde, inspirado numa história real, o desenvolvimento nao é de fácil previsão.
Lembro-me de Chris Gardner (Will Smith) ter dito durante o filme: "Tenho que fazer em 2 horas aquilo que os outros podem fazer em 6." De certa maneira identifiquei-me. Não que seja um grande problema: Chris só dispunha de duas horas porque depois tinha que ir a correr, com o filho, tenta arranjar cama numa especie de "lar" para os sem-abrigo. Eu tenho que correr, porque enquanto estou envolto em equaçoes, teoremas e preposiçoes, a seguir tenho tons salmódicos, peças e tudo o mais para cantar, tocar.
Vejo isto quase como uma benção. Dizia a minha madrinha da faculdade que "Gosto imenso de aprender, estudar." Compreendo-lhe o contexto. E tambem me identifiquei. Há quem ache que isto nao é nada de especial. Concordo! Não há nada de especial em estudar Matemática, em estudar Música. Mas a verdadeira essência é poder estudar as duas coisas.
Relembro a determinação de Chris, e gostava de por vezes dispor de alguma. Nao falta motivaçao nem energia, mas talvez mais certeza no resultado final. E sei que nao sou o único nestas aventuras, nestas correrias. E isso, claro, tambem reconforta. Se agarrar oportunidades parecia uma frase muito usada, neste filme passou a fazer outra vez sentido. E isso fez-me pensar.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Rotinas
Voltam os ensaios de órgão seguidos de estudo de Matemática, voltam os projectos que afinal ainda sao para fazer.
Voltam as correrias loucas, o desespero de as fazer, o descanso e sabor de as ter feito. Volta imenso coisa.
A rotina do voltar.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Fé em ti
Espero que esteja tudo bem contigo. Nessa pequena grande aventura em que embarcaste, mando esperança e algum conforto, espero.
Porque sei que se há perto de um ano e meio atras algumas coisas eram projectos, agora começam a ser realidade. E sei que tu vais conseguir!
Oculta nao pode ficar, claro, a fé que tenho em ti, nesta caminhada que lentamente nos começa a mandar para lugares opostos.
Talvez um dia mais tarde, quando pagarmos a conta ao Ricardo, e dissermos: "Agora tenho que ir para o Gregoriano", que nao seja para ter aula, mas para a dar!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Música (ou simplicidade)
Quando cheguei, reconheci o local pelas poucas vezes que lá estive. Entrei. Uma senhora, baixa, atarracada, mas com um caminhar ironicamente rápido, cumprimentou-me.
"Boa tarde, sou o André Ferreira, o organista que vem tocar a missa das 7", disse-lhe, anunciado-me.
Com um sorriso de alegria, talvez pela minha juventude, a senhora respondeu:
"Ah, sim sim, o Sr Padre disse-me que viria!", e vendo que nao tinha a chave do orgao, apressou-se a ir buscar a um armário, empoleirando-se numa cadeira, dentro da salinha que estava logo à entrada da pequena igreja.
"Sabe onde é?", perguntou, ao entregar a chave.
"Sim, ja ca estive algumas vezes", respondi, com um sorriso. Apontou-me o caminho.
Subi as escadas de madeira, meio tortas. Era estreito. De lado, a parede ja meio cinzenta, do outro, um amontoado de recordaçoes, adereços natalicios, um infindavel numero de coisas que conferiam uma especia de arrecadaçao aquele espaço.
Subi. Depois de descobrir como se ligava o orgao, fiquei completamente atonito pela leveza do som que saia. Nao é descritivel. Mas é audivel.
Sentei-me, entao, sossegando da azafama do dia, e olhei em frente. Toda a fachada envolvente ao sacrário era em talha dourada, que mesmo no escuro da tarde, parecia ter um brilho especial. A igreja, pequena, sem acustica, seca, parecia igreja de aldeia.
As pessoas iam chegando, mas poucas. Ao inicio contavam-se pelos dedos das maos. Falavam, nao muito baixinho. Entretanto o Sr Padre chegara.
Apressei-me a descer as escadas e ir ao seu encontro. Um sorriso profundo esperava-me, assim como as peças que iria tocar. Conhecia tudo, e fiquei satisfeito por assim ser, dá outra tranquilidade.
O Sr Padre iria cantar a solo, e disse-me: "Irei ensaiar com a assembleia daqui a pouco." Achei curioso. A assembleia nao passava de 3 dezenas de pessoas. Eu contei.
Na verdade, mais uma vez ficaria surprendido. Nao só se revelou um excelente solista, com o Sr Padre conseguiu por a assembleia a cantar a plenos pulmoes.
É isto que me toca. A simplicidade das coisas, e o sabor que a música leve. Senti-me profundamente feliz, e se isso é explicavel, nao o sei fazer. Senti-me bem. E sei que se a missa durasse 2, 3 horas, estaria com o mesmo sorriso.
O sol ja se tinha apagado, mas naquele dia de chuva, era questionavel se alguma vez ele teria acendido.
A vida tem mais sabor assim, nas coisas simples. Ha quem se maravilhe com coisas imponentes. Eu tambem. Mas acabam por ser as mais simples que me dao um gozo enorme.
E o som do orgao, embora nao fizesse eco, preenchia e perdurava. Porque um som daqueles nao se esquece.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
"Faz-te ao largo!"
Ontem marcou o inicio do Ano Mundial contra a Pobreza e Exclusão Social.
A passagem do Evangelho desta semana encaixa na perfeiçao. A mensagem é de aposta. De arriscar. De mudar.
Esta passagem tambem me marca especialmente porque foi o tema do meu primeiro retiro, na Praia das Maçãs.
E se tantas vezes nao tivessemos fé? E se tantas vezes nao quisessemos dar o passo em frente? E se tantas vezes nao tivessemos coragem para lançar a rede como Pedro fez?
É certo: nao sorririamos tantas vezes!
Mas é preciso ainda mais. Descobri que 18% da população portuguesa é pobre. Ou seja, que aproximadamente 1 em cada 5 pessoas é pobre.
São numeros assustadores. Nao esqueço um dia em que saí da Sé, chuvia imenso (mais um frio insuportavel). E á porta, 3 sem abrigo dormiam (ou tentavam) debaixo de caixotes. Assim. Mais nada.
É preciso mudar. E mais que querer mudar, fazer mudar. Para este Ano, façamo-nos entao a este largo!
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Descanso
Gosto de uma noite passada a navegar na internet. Talvez por vezes um bocado futil, de certo, mas depois de um dia agitado, sabe bem.
Entre aprender alemao, preparar "Holanda '10" e estudo de orgao, a sensaçao de descanso é enorme. O semestre está a acabar. O IST tambem.
Porque quase num abrir e fechar de olhos, estou no 3º ano do curso, prestes a acabar. E ainda parecia que foi ontem que estava a ir inscrever-me. Costumam-me perguntar se vou continuar com Matemática. Nao, por agora. Nao vou deixar de lado, e sei que é por isso que estou a acabar o curso. Foi sempre algo que quis.
Entretanto, definem-se rumos. Procuram-se metas cada vez mais longe. Porque tenho a certeza de que sonhar alto compensa.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Partida
E enquanto fechava a porta de casa, ouvi Pedro a descer as escadas, desenfreado, suportando a enorme mochila que trazia às costas.
Pondo-as no chão e largando um sopro de cansaço, explicou:
"Vou para o Haiti."
Ele nao esperava nenhuma reacçao minha, percebi. Perguntei por Cláudia, ele disse que iria ficar cá. Ao menos teria quem me fizesse o jantar, pensei.
Sei que preciso de explicar: Pedro é voluntário na AMI. Recrutado nas catástrofes naturais de grande escala, nunca disse Nao a um pedido de ajuda.
Eu fico, mas com pena de tambem nao puder ajudar. Podemos estar a viver numa sociedade com crise de valores, mas é bom sinal ver a pronta ajuda prestada pelos vários paises, organizaçoes, entidades, pessoas.
Valerá sempre a pena.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Re-descoberta
Aceita o universo
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.
Se há outras matérias e outros mundos -
Haja.
Alberto Caeiro
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Descanso
(Royal Yacht - Edimburgo, Escócia)
Mesmo na afazama dos exames, a calma tem sido imenso, e o lema tao arduamente ensinado durante 9 anos, "Sem stress", começa a dar os seus frutos.
Fica a partilha.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
2010
2010 começa no silêncio do meio do campo, preparando mais um ano fantastico.
Mais 365 dias!