Fica apenas a 40 minutos. Nao muito.
E ontem, de noite, la fui. Esse poder que tenho, basta fechar os olhos, parar e ir.
A casa é da familia. Quero dizer, ja faz historia.
Abro a porta, devagar. Quem a conhece, sabe o quao dificil é poder abrir sem barulho. Pensei entrar pelo quintal do Tio Filipe, mas parece-me demasiado arriscado. Mesmo apos estes anos, nunca ganhei coragem para passar aquele simples caminho sozinho.
Entro, sigo para a sala. Fria, sem ninguem. Ja estao deitados.
Afinal, o que é um refúgio?
Lugar onde paramos, inclusive no tempo. Aí, podemos avançar para a frente ou para trás. Podemos re-viver as historias. O meu estilo desajeitado de futebol foi treinado ali, no palheiro. Ou podemos imaginar futuras historias.
O silêncio. Alguns carros passam, é raro.
Subo as escadas ao topo da casa.
Deito-me, adormeço. As noites sao iguais às passadas. O sorriso de fim de dia é o mesmo.
E naquele sorriso esconde-se a companhia de quem lá está.
2 comentários:
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Oh André! Esclarece-me só uma coisa: tu demoraste 40 minutos a ir a esse teu refúgio só com o pensamento? É que nem eu, e não sei onde fica!!... ")
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