terça-feira, 24 de junho de 2008

Relatos

Subi as escadas de cabeça baixa, o cansaço já era muito. Ao passar pelo quarto de Pedro, a porta estava semi-aberta, e ouvi-o exclamar:

"O André?!", admirava-se ao ouvir a pergunta da Claúdia, que acabara de procurar saber como eu estava. Respondeu:

"Num estado deprimente."

Ao passar de rompante, vi o olhar de preocupada de Cláudia enquanto Pedro a abraçava. Hesitei. Esperei que ele dissesse algo, como "Mas julgo que vai acontecer isto e isto" ou "Ele devia tentar fazer aquilo ou aqueloutro". Nada.

Senti-me tocado. Ter ouvido aquilo nao iria levantar a moral, que so por si já era baixa. Fui-me deitar na certeza que de "amanha é outro dia". Mas todos os dias sao outros. E os outros sao estes.

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