Subi as escadas de cabeça baixa, o cansaço já era muito. Ao passar pelo quarto de Pedro, a porta estava semi-aberta, e ouvi-o exclamar:
"O André?!", admirava-se ao ouvir a pergunta da Claúdia, que acabara de procurar saber como eu estava. Respondeu:
"Num estado deprimente."
Ao passar de rompante, vi o olhar de preocupada de Cláudia enquanto Pedro a abraçava. Hesitei. Esperei que ele dissesse algo, como "Mas julgo que vai acontecer isto e isto" ou "Ele devia tentar fazer aquilo ou aqueloutro". Nada.
Senti-me tocado. Ter ouvido aquilo nao iria levantar a moral, que so por si já era baixa. Fui-me deitar na certeza que de "amanha é outro dia". Mas todos os dias sao outros. E os outros sao estes.
Há 9 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário