sábado, 28 de março de 2009

Revelações


Agora que tenho tido um regresso às origens, com um retorno convidado à Igreja do Seminário para ajudar na festa dos 800 anos da Ordem Franciscana, há algo em mim que nao posso deixar de partilhar (ou deixar passar impune).

Nao é a primeira vez que, de repente, se tivesse o hábito Franciscano em cima e despojado de tudo aquilo que me pode ser dispensavel, eu gostaria.

Conheço bem a ideologia Franciscana e nao me é nada .. incomoda. Para mim, faz todo o sentido. E mais do que fazer sentido, é um modo de vida ao qual eu gostaria de pertencer.

A ti, que estás a ler, nao te deixes surpreender. Talvez a pergunta que se impoe a seguir é: entao porque nao largas tudo e te tornas Frade?

Curioso. Vejo algumas pessoas a rirem-se com a situação. É natural. Eu tambem.

Bom, pergunta merece resposta. E é a mais obvia de todas. Porque faze-lo seria radical. Nao deixa de ser irónica. Afinal, na conotação de hoje em dia, radical é aquele que é capaz de aguentar 2938798 copos de alcool e correr direito pela Avenida da Liberdade.

Pedro debruça-se sobre a mesa, aqui ao meu lado, e pensa em voz alta: "Tão radical e ao mesmo tempo.. tao natural!"

Incrivel. Costumo achar piada a novos desafios. Este, no entanto, assusta-me. Nao por medo, mas pela enorme mudança que seria.

Uma cama de madeira, um colchão, uma roupa, e o facto de poder ajudar alguem alimentava a minha maneira de ser, e disso nao tenho duvidas.

Tão radical e ao mesmo tempo.. tão natural.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Modo de vida?

Paz e Bem!

domingo, 22 de março de 2009

Hoje


Hoje apetece-me, mais que nunca, voltar.

Hoje sinto que isto tem sido como a subida ao Pico. Nao viamos nada, pelo nevoeiro, mas sabiamos que o caminho era.. para cima.

Sabiamos que iriamos lá chegar.

Por meio de lama, por meio de terra escorregadia, por meio de chuva imparavel, por meio de tudo.

Talvez um exemplo para seguir na vida prática. O mais comodo teria sido desistir logo.

E mesmo quando descer pareceu uma ideia de loucos, tanto pelo cansaço como pelo desafio, a verdade é que soube bem: chegar ao topo e chegar ao fim.

Faço uma revisao rápida de imagens, e no final so me apetece rir bem alto.

Dose para continuar!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Memórias



Hoje vagueva na net, e descobri este relato precioso.

Jorge Perestrelo era conhecido como O comentador desportivo da rádio portuguesa. Tinha uma maneira única, completamente insubstituivel de descrever um jogo de futebol. Parecia que relatava o jogo para um amigo.

Lembro-me desse jogo. O Sporting estava à beira de fazer um feito histórico: chegar à final da Taça UEFA, prestigiada competição internacional. Nos últimos minutos, sofremos um golo. Estava tudo perdido. A única hipotese era tentar o derradeiro golo da salvação, mas sobravam poucos minutos (segundos?) para o fazer.

No último lance do jogo, era canto para o Sporting. O guarda-redes, o Ricardo, até foi à area adversária para ajudar.

O meu pai estava no quarto a ouvir o relato feito pelo Jorge Perestrelo. Tinha aquilo tao alto, que eu ouvia na sala, onde desolado via o jogo na televisao. A minha mae andava de um lado para o outro, arrumando a casa: a mudança ia ser dali a poucos dias.

De repente, o canto é marcado. E de repente, do nada, vejo a bola dentro da baliza. Foi estilo foguete. De repente, eu e o meu pai estavamos aos berros, a gritar "GOLOO!".

Lembro-me de ter ficado com os oculos tortos pelo abraço que dei ao meu pai. Eram sensações unicas.

E do quarto vinha aquele som da rádio. Era o Jorge Perestrelo. Nao sabiamos que dias depois ele iria morrer. O seu último relato terminava com palavras mágicas. Dizia ele aos berros: "Eu te amo, Sporting!"

Oiço o som, recordo os momentos, e quase que me vem lágrimas aos olhos.

Este amor nao se define. Mas é para sempre! "Eu te amo, Sporting!"

domingo, 1 de março de 2009

Pequenos grandes gestos


Sem palavras...