domingo, 28 de setembro de 2008

Missão Oculta

Cheguei, bati à porta. O gabinete tinha um letreiro que dizia: "Gabinete de Jesus. É favor de perturbar e pedir ajuda caso seja preciso. P.s.: Nunca tenho hora de almoço". Fiquei um bocado a medo. Entrar no gabinete d'Ele? Como era Ele, afinal?

"Sim?", ouvi la de dentro. Era uma voz grossa. Abri a porta.

Sentado, com os pés sobre a secretária, estava um homem a ler o jornal. Nao lhe via a cara.

"Ah, és tu, André! Senta-te, senta-te!", e apontou para a cadeira em frente à sua mesa, sem desviar o jornal. Ia-lhe perguntar como sabia que era eu, mas ele fez um sinal de stop com a mao, e disse: "Sabes que eu sei dessas coisas antes de tudo!"

Sentei-me, encolhi-me ligeiramente no meu lugar, e olhei em redor. Era simples, o seu gabinete. Tinha imensas fotografias, de imensos pessoas a sorrir. Foi então que Ele posou o jornal, de ropante, olhou para mim, e disse:

"Gosto de trabalhar com alegria", e dito isto soltou uma enorme gargalhada.

Percebi que algo estava errado. Há minha frente estava um senhor... de cor negra! Levantei-me, preparado a verificar se este era realmente o gabinete de Jesus, mas Ele intrepelou-me:

"É suposto sermos todos brancos?"

Sentei-me de novo. O Jesus... era preto? Agora que penso, que impedia de o ser? Localmente, geograficamente e historicamente, tudo. Mas no Ceu, nada.

"Ontem era loiro, estilo Filandes. Hoje apeteceu-me mudar. ... Queres chocolates?",
disse, tirando uma caixa de bombos... do Continente. As pernas continuavam em cima da mesa, nao se mexia muito, sorria imenso e era calmo.

Enquanto comia uns bonbos, fez-se silêncio. Ele olhava para mim, curioso. Ganhei coragem e perguntei-lhe:

"Desculpe...", mas fui subitamente interrompido por Ele. "Desculpe?!", perguntou com um sorriso ainda maior, "Nao! Desculpa! Isto é de Mim para ti. Vá, deixa-te de cerimónias, fala rapaz!".

Ri-me timidamente. Fogo, mas como é que Ele pensava que isto era? Facil? Era.. Ele!! Sorri com o meu pensamento, e continuei:

"Desculp...a, Jesus, mas ainda nao percebi bem o que estou cá a fazer."

"Isso é mais que natural. Chamei-te, há uns tempos atrás, nao sabia é quando virias! Bom, conversas à parte, toma e lê isto." e tirou de uma pasta cor de pele, pos em cima da mesa, e endireitou-se na cadeira.

Peguei na pasta. Dizia: "CONFIDENCIAL" , bem sublinhado. Em baixo, dizia: "André Fernandes Ferreira". Abri, e na primeira pagina vinha uma fotografia de alguem que eu bem conheço.

"Sara?! Sara Ferreira?!", exclamei. Nao percebi porque é que a Sara estava numa pasta com o meu nome, a dizer confidencial.

"Sim, André. A tua missao."

Claro está, fiz cara de parvo. Jesus riu-se, e continoou:

"A tua missão passa por estares sempre ao lado dela, quando for necessário"

Parecia algo estranho, esta missao. Estar sempre ao lado dela, sabendo que ela tem namorado, soava-me... estupido. Isso faço com qualquer amigo que necessite. Ele percebeu, claro está.

"Não poderás perceber, mas podes fazer. E é tudo o que tenho para te dizer."

Dito isto, levantou-se. Num ápice, visto um casaco, e preparou-se para sair. Foi então que percebi que a pasta tinha mais folhas, e fiquei curioso. Quando me preparava para ver o resto, Ele pos a mao por cima, muito educadamente, e retirou a pasta.

Quando cheguei a casa, olhei para a porta do meu quarto. Lá ainda tenho um papel do Grupo de Jovens em que a letra dela dizia: "Obrigada por olhares por mim :)". Ora... eu é que agradeço!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Encontros

Pedro chegou a casa, e veio ter comigo. Estava calmo, muito calmo, mais calmo do que era costume estar.

"Estive com a Izzie."

Esbugalhei os olhos. Como era possivel? Como se conheciam eles os dois? Nada disse, apenas pus um ar estupefacto, e Pedro percebeu. Sorriu, passou a mao pela barba, e disse:

"E aprendi imenso."

Nao percebi. De todo. Nem como ele se tinha encontrado com a Izzie, vizinha, nem como poderia ter aprendido com ela, num só dia.

"Há coisas que nao se percebem. E deixa-las assim, sem se perceberem, mas sabendo que sao importantes ou nao, por vezes é... o mais importante."

E pensei de novo em mim. Há coisas que nao percebo. E essas tenho que deixa-las assim. Custa? Sim, custa. Mas naquele momento, ja nem isso me estranhava. O Pedro tinha-se encontrado com a Izzie? Wow.

Ha coisas que nao se percebem!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Obrigado

Nem sei como te agradecer. Deitei-me com uma mistura de sentimentos esquisitos. Ao mesmo tempo que queria esmurrar a parede, tambem queria dormir. Ao mesmo tempo que me apetecia ir para a varanda berrar, apetecia-me sentar e reflectir.

Depois percebi: tinha duas maneiras de decidir como acabava aquele dia. Como daria o enfâse à conversa que tivemos. Percebi que se, à uma e meia da manha estavamos vai-nao-vai para desligar, e de repente ficámos mais uma hora ao telefone, mesmo sabendo que tinhamos aulas no dia seguinte, é porque tinha valido a pena. Aliás, até 5 minutos teriam valido.

Obrigado por teres ouvido, obrigado por poder ter desabafado as coisas que ao inicio pareciam estupidas, mas que precisavam de ser desabafadas. Obrigado por termos deixado Ocultos de lado, apostando naquilo que, apesar de escondido, fazia sentido.

Acabei a conversa agradecendo a mim mesmo o convite que te fiz para dares catequese comigo. Como dizem as Irmãs da Divina Providência: "Temos que esperar, que Ele actua." E nao podia ter-me lembrado de ti em melhor altura.

Disse-te, ontem, que era essencial agradecer. Sempre :)

Back home!


De volta!

Como posso dizer? Estar de volta aquela casa é qualquer coisa. É uma familia. É estar de volta à Casa.

É estar de volta às piadas do EVP e à descoberta de molhos no meio de ATC. É voltar à descoberta dos magnificos menus do McDonalds.

É voltar às ideias de trasnformar a sala de alunos num espaço ainda mais nosso. É voltar à casa que queremos transformar para que seja ainda mais nossa.

É ter projectos arrojados, mas sabendo que esses projectos é que dao vontade de fazer, porque sabemos que temos capacidade.
É ter uma A.E. que nos deixa orgulhosos...


... pelos lideres, pelas suas ideias, pelo divertimento que é Viver ali. Porque agora os dias vao ser interminaveis. Porque mais que tardes, serão tambem manhas. Serão os nossos dias.

Precisamos definitivamente de passar a dormir lá!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008


Debruçado sobre numeros, com a musica de orgao ainda a ressoar na minha cabeça, olho para o lado. A lua está gigantesca e brilhar como se do sol se tratasse.

Ha paisagens que nao se esquecem.

Ha sorrisos que nao se apagam. E ainda brilham, algures. Gosto de ficar surpreendido.

Hoje dava uma bela noite de estrelas na Fãja. Vou la ter. Depois de acabar a minha ficha de Análise Complexa e Equações Diferenciais. Chamam-me louco, idiota, toto, chanfrado.

Agradeço, sem duvida!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Histórias de meia-noite

A voz do outro lado do telefone soava triste. Entretanto, outro telefone toca, e tenho que atender. Fala-me, lavada em lágrimas, outra voz triste, a chamar-me desesperadamente.

Saio, preocupado. Eu próprio andava triste, e naquela noite eramos 3 assim.

Cheguei, escutei. O choro inicial passava a um sorriso escondido. Resolvo ligar à primeira voz, que eu sabia que andava melancólica. Afinal estava ali bem perto, e encontrámo-nos os 3.

E no meio da noite, acabavamos o dia a falar. De inicio, cada um estava triste pela sua razao, cada um no seu lado. No final, a tristeza dava lugar a sorrisos. A mudanças de planos.

Saimos de carro, era tempo de voltar a casa. Primeira paragem: casa da Sara. Saiu com aquele sorriso, dela, simples e sincero. Lágrimas? Nem vê-las.

Segunda paragem: a minha casa. O Tiago parou o carro, fizemos o nosso cumprimento, e deixei-me estar ali, sem dizer nada. "Em que pensas?", perguntou-me.

No que é que eu pensava? Que tinhamos cumprido mais uma missao. Que nesta noite, alguem me chamara, e pude ajudar.

"Mentira, André, mentira", diz-me Pedro, sem me olhar. "Sabes perfeitamente que nao era isso."

Pois nao. Mas quero pensar que sim. Histórias de meia-noite. Nao as percebo.

sábado, 13 de setembro de 2008

(Re)Encontros


Quando a Ana me apareceu na internet a dizer: "André... lembras-te da Patricia?", reciei ouvir a mesma noticia que ouvi acerca do Gonçalo Botelho, há uns anos atrás. E o que temos nós todos em comum? Fomos colegas da 2ª à 4ª classe.

Ainda fico um bocado pasmado quando penso que o Gonçalo já partiu. Foi por isso que escrevi um bocado a medo um "Sim, lembro-me...". Foi então que vim a saber que a Patricia tinha leucemia.

É estranho. Depois de tanto tempo sem falar, ver ou conviver, é ainda grande a preocupação que temos uns com os outros. De tal modo que combinámos ir ve-la, alguns dias depois. Pensei que era uma ideia um bocado ... extragavante (?). De repente, aparecer no quarto dela 4 pessoas que ela ja nao via ha mais de 10 anos, soava-me estranho.

Mas lá fomos. E foi bastante bom: há laços que nao se perdem. E dizer frases como "Ana... estás na mesma!" ou "Andreia, continuas a liderar como de costume!" é porque passaram 10 anos, mas de repente saltámos para o passado. Uma mistura interessante.

Foi bom ter ido visitar-te, Patricia. O teu sorriso continua o mesmo, e numa situação destas, ve-lo era a melhor maneira de sermos recebidos, e senti admiração pela forma como enfrentas. Fica a promessa de que havemos de voltar, e desta vez levamos mais gente, e até o Professor Rogério.

Achei piada ao teres dito que "Nao te reconhecia mesmo, André.". Porque senti que o tempo, apesar de tudo, nao tinha passado. E, como pseudo-Matemático, imagina que voltamo-nos a ver daqui a 10 anos?

Então ainda vao ficar muitos filhos na mesma turma, no Grão Vasco, claro! E quem sabe, até apanham o Rogério. Reencontros!

Aquele querido mês de Agosto


Sabendo que os bilhetes para o musical Mamma Mia estavam esgotados, foi com algum receio que eu e o Tiago olhámos para a (pequena) lista de filmes do Fonte Nova. Optámos por ir ver "Aquele querido mês de Agosto" pois nunca nenhum de nós tinha ido ver um filme em português. Fiquei curioso... a ideia que tinha dos nossos filmes nao era muito "agradavel".

A primeira surpresa foi termos entrado sem nos terem pedido os bilhetes. O que vale é que tinhamos bilhetes à borla. Começado o filme, fiquei ainda mais curioso. De relance, tinha visto nas bilheteiras que o filme era um misto de documentário/filme. E assim era. Ao inicio, apenas paisagens, pequenas falas previam que iria ser muito chato.

Erro. Passado 10 minutos, já toda a sala ria a "bandeiras despregadas". O filme não é do comédia, de todo, mas retrata tao bem o rural do nosso país, que há situações que sendo "normais" nao deixam de causar grande impacto.

Fantástico. Provavelmente o melhor filme que vi ultimamente depois de "Bucket List". Vale a pena ir ver, definitivamente.
"... nao se esquecem na vida" in Aquele querido mês de Agosto
A nao esquecer.
Fátima, 11 de Setembro.

Estou na sala de jantar da Casa do Bom Samaritano. Sao 23:52, o telemovel nao mente. Vim há pouco do Santuário, e confesso que fiquei impressionado.

Quando saí de casa, depois do jantar, o sol deitava-se, a noite ia cobrindo a floresta que atravessava. De caderno e caneta na mão, ia para o Santuário escrever um bocado. E assim fiz: no meio do alcatrão, sentei-me, cruzei as pernas, e escrevi. A brisa apertava, tirei o casaco e cobri as pernas. Chegavam grupos de todo o lado para o terço da noite. A Capelinha ja estava bem composta, quando deram inicio à cerimónia. As inúmeras velas davam uma certa piada, e como o frio ja se fazia sentir, levantei-me e fui para junto do "forno" (local onde as pessoas mete as velas).

Enquanto me entretia a ver cera derreter, chegou junto de mim uma senhora com uma vela enorme, mais parecia um taco de baseball. Acendeu, colocou-a no lugar, e ficou a comtempla-la. Deixei-me a comtempla-la tambem. E lembrei-me de ti, avô. Lembrei-me o quanto gostavas de estar naquele local. Lembrei-me que era suposto termos festejado os teus 50 anos de casado e os meus 18 anos (curiosamente no mesmissimo dia) aqui. Lembrei-me que não o chegámos a fazer.

Isso não me impedia, claro, de acender uma vela por ti e pela familia. E assim o fiz. Mas quando comprava a vela, vi tambem aqueles "casulos" que metem para proteger a vela. Comprei e fui juntar-me à multidão que rezava o terço. Não fui capaz de deixar a vela a arder ali, porque isso pareceu tão pouco. Deixei-me ficar.

O terço acabara e ia começar a procissão (pois hoje é quinta feira, dia da semana mais especial, o resto deduzes). Não quis ir. Cheguei-me junto do vidro-parede da Capelinha e olhei Nossa Senhora de Fátima. Estranhei, pois nao sou devoto, mas olhei.

Agradeci. Pelas memórias que partilhei contigo, e com as quais ainda me rio muitas vezes. Pelas pessoas que me marcam e com as quais Vivo diariamente. Pedi por ti, tambem. Tem sido estranho. Lembro-me que quando sai da camioneta que me levou até Fátima, e fui em direção a esta Casa, tu tambem ias ao meu lado, de mochila às costas. E que quando eu me sentava para reflectir, tu tambem o fazias. Fizeste-o?

Não sei. Mas foi óptimo ter-te ali.


André

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Óptimo


"Então, como vais?", perguntou-me a minha tia. Nao hesitei a responder, sorridentemente, "Óptimo!". Entao perguntei-me, depois da conversa, porque é que tinha que passar ainda mais 3 dias em Fátima, por vontade própria. Porquê? Era mesmo necessário?

Depois de tanto tempo, com tanta gente, em tantos locais, creio ter chegado a altura de poder gastar um bocado do meu tempo... comigo. Poderá parecer estúpido aplicar-se esse tempo numa casa onde vou para trabalhar e reflectir. "És mesmo... anormal", quase que oiço estes comentários a ressoar dentro da minha cabeça.

Mas o verdadeiro tempo gasto connosco é aquele que nos faz reflectir sobre o que se passou. Sobre as pessoas que conhecemos, os locais que nos marcaram, e pensar nos tempos que aí veem. "Pensas demais, André", diziam-me este fim-de-semana. Creio que nao. Creio que cada vez menos as pessoas pensam... menos. Deixam-se levar somente pelo sabor do momento.

Nao creio que isso esteja errado. Bem pelo contrário: é saudavel e faz bem. Mas nao em demasia. Depois deste verão, é tempo de "descansar". Se escolhi ir a Fátima mais 3 dias, é porque sei que tenho a ganhar. Sim, irei sozinho, mas ao mesmo tempo sei que todos os quartos estarão cheios, porque de certa maneira lembrar-me-ei de tanta gente que gostaria de estar ali comigo, que duvido se irei mesmo sozinho.

Se saí de um Verão fantástico, é porque vou entrar no Ano espectacular. Nao tenho a minima dúvida disso. As 11 horas semanais no Gregoriano ainda parecem boas de mais para serem verdade. O Grupo de Jovens está mais unido que nunca, após um ano atribulado. O Técnico está lá no mesmo sitio, e afinal... afinal somos mesmo um conjunto de amigos que escolheu um curso meio marado para fazer a vida. E a Cacao aceitou dar uma maozinha com a catequese.

Que mais se pode pedir?

P.s.: Amanha, 15:30 - Igreja da Luz. Hora alterada, afinal há um casamento às 17.

:)

Ia desligar. De repente, lembro-me de visitar outra morada. Fui aqui. Olhei para as montagens. De fundo dava a música da Sara Tavares, "Eu sei".

Eu sei.

Há sorrisos que nao se esquecem.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Histórias


Amigo Afonso!

Perguntei-me que reacção terás quando, rodeado de netos, folheares o livro de recordações do teu baptizado e parares na fotografia de cima? A todas as outras pessoas, saberás dizer que eram tios, tias, primos, avós. "Quem era este senhor, avô?".

Bom, nao interessa! Apenas, quando souberes ler e se encontrares este blog, gostaria de dizer que.. gostei imenso. Do baptizado, da tua familia, da tua terra, do teu modo desajeitado como tentas andar. Esmerei-me, tentei tocar o melhor que consegui. Espero que tambem tenhas gostado da festa, embora pelo teu sorriso, mesmo quando a àgua caiu sobre ti, aposto que sim.

Cresces numa familia especial, onde tu próprio és de longe especial. Espero poder continuar a acompanhar-te, a poder dar-te viagens espaciais de alguidares ou de carrinhos de mão, tudo o que puder.


E quem sabe...


... se um dia mais tarde nao tocaremos mesmo juntos :) ?
Quarta. Dia 10. 16:30. Na Igreja da Luz, la estarei, a tocar. So a tocar. A sorrisos que gostaria de ver!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Alegria

Quero escrever. Quero-Te falar. Agradecer.

Quero agradecer por me ter enganado. Por ter estado errado. Por ter pensado que a amizade era substituivel....

... E mesmo quando o Bruno, colega do 7º ao 9º, o melhor guitarrista que eu conheço, me vem falar apos tanto tempo sem nos vermos, e ainda me chama "irmao", é na certeza de que a amizade, afinal, é das coisas mais porreiras que Tu criaste... isso enche-me de Alegria, é certo!


Quero agradecer pelos dedos esticados. No fim de contas, há quem ainda pense que eu "nao vi nada". Ah, enganam-se! Vi mais, de certo, do que eles pensam. Mas o mais importante, é saber que voltarei para "ver tudo o que deixei para a próxima vez". Essa certeza, de voltar, so me pode deixar ainda mais alegre!


Aos 20 anos, ele continua ao meu lado. Nao duvido que aos 40, o estará tambem. Nao sei como lá chegaremos, mas descobri que isso nao importa. Importa é que la estaremos, e seremos, claro, a dupla Los Duros e Man in Black. Dia 1 de Setembro é agora Feriado Nacional. Olha!... Mais uma razao para um sorriso... para um sorriso alegre!




Vou voltar à Casa do Bom Samaritano. Para ajudar, para começar o ano da melhor maneira, para dar-me, para dar aquilo que sou. Vou à casa onde so entra alegria. Tudo o resto que nao combine bem, fica lá fora!

Agradecer-Te nunca será de mais. Até pelas vitórias do Sporting! Ja viste? Estamos (suponho que nao Tenhas clube, portanto se quiseres, eu pago-te as cotas!) em primeiro! Haverá alguma razao para nao dormir com um sorriso estampado no rosto?

P.s.:

Pedro estava aqui ao lado enquanto escrevia o post. Ao trocar as janelas, olhou para tua, viu a tua imagem, e sorriu. "Precisa de treino para chegar ao teu estilo, mas está no bom caminho!", disse, com um tom trocista, mas com um sorriso na cara. O meu lado-oculto olha agora para as plantas de outra forma. Mas ainda pisa a relva. Ha mal nisso?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Enquanto procurava forças para arrumar o quarto que desde há 3 dias que nao tem chao, visto serem papeis por todo o lado, resolvi parar, ouvir algumas musicas.

Surgiu-me a ideia de partilhar a minha musica. Nao no sentido estrito da frase. Achei, depois, que deviamos ser "obrigados" a parar e reflectir. No bom e no mau. Entao tive uma ideia! A ideia é esta:

Na Quarta feira, dia 10 de Setembro, gostava de convidar, quem quisesse, a ir à Igreja da Luz, em Carnide, por volta das 16:30 horas. Vou lá estar a tocar órgão. A ideia era passarmos lá uma hora, ao som da minha música, mas uma hora de reflexão pessoal. É só ir para lá, sentar, eu toco, tu pensas no que achares importante...

... tu pensas, eu "acompanho-te" ...

... e de certeza que Ele nos tocará a todos!

Fica o convite :)

Silêncio


"Eu sei quem és para mim, haja o que houver" (Madredeus)

A frase nada tem a haver com a imagem. E nao sei porquê. Talvez esteja ligada. Talvez até tenha tudo relacionado. Nao sei porque a escrevi...
Silêncio.

Agora que penso melhor, a frase vem da imagem!

Nao posso escrever muito depressa, o Pedro e a Claudia ja dormem, e o pc está no quarto deles.

Silêncio.

Apuro o ouvido. Oiço as suas respirações. Sincronizadas.

Silêncio.

Abro a pasta das fotografias, e revejo o Verão todo, de uma ponta à outra. Sorrio. Mas como é possivel que aquele local realmente exista, que nao foi um sonho?

Silêncio.

Pedro acorda, sinto que alterou a respiração. Percebe que estou no computador, olha-me, e diz: "Senhor, eu sei que um dia entao, conseguirei amar! Espero em Ti!" e voltou a proteger Cláudia. A frase era de uma musica. Pu-la a tocar. Anseio tanta coisa, quando nao devia ansiar nada, mas apenas o simples viver.

Silêncio.

Entro o ano como uma proposta para Vice-Presidente da AEIGL. Deixa-me com um grande sorriso. A familia vai-se reunir outra vez. Isto de sair de férias inesqueciveis e voltar a encontrar outra parte de mim é fantastico.

Silêncio.

..Parte de mim.. a imagem. E não só. Ha tanto que é oculto.