terça-feira, 9 de setembro de 2008

Óptimo


"Então, como vais?", perguntou-me a minha tia. Nao hesitei a responder, sorridentemente, "Óptimo!". Entao perguntei-me, depois da conversa, porque é que tinha que passar ainda mais 3 dias em Fátima, por vontade própria. Porquê? Era mesmo necessário?

Depois de tanto tempo, com tanta gente, em tantos locais, creio ter chegado a altura de poder gastar um bocado do meu tempo... comigo. Poderá parecer estúpido aplicar-se esse tempo numa casa onde vou para trabalhar e reflectir. "És mesmo... anormal", quase que oiço estes comentários a ressoar dentro da minha cabeça.

Mas o verdadeiro tempo gasto connosco é aquele que nos faz reflectir sobre o que se passou. Sobre as pessoas que conhecemos, os locais que nos marcaram, e pensar nos tempos que aí veem. "Pensas demais, André", diziam-me este fim-de-semana. Creio que nao. Creio que cada vez menos as pessoas pensam... menos. Deixam-se levar somente pelo sabor do momento.

Nao creio que isso esteja errado. Bem pelo contrário: é saudavel e faz bem. Mas nao em demasia. Depois deste verão, é tempo de "descansar". Se escolhi ir a Fátima mais 3 dias, é porque sei que tenho a ganhar. Sim, irei sozinho, mas ao mesmo tempo sei que todos os quartos estarão cheios, porque de certa maneira lembrar-me-ei de tanta gente que gostaria de estar ali comigo, que duvido se irei mesmo sozinho.

Se saí de um Verão fantástico, é porque vou entrar no Ano espectacular. Nao tenho a minima dúvida disso. As 11 horas semanais no Gregoriano ainda parecem boas de mais para serem verdade. O Grupo de Jovens está mais unido que nunca, após um ano atribulado. O Técnico está lá no mesmo sitio, e afinal... afinal somos mesmo um conjunto de amigos que escolheu um curso meio marado para fazer a vida. E a Cacao aceitou dar uma maozinha com a catequese.

Que mais se pode pedir?

P.s.: Amanha, 15:30 - Igreja da Luz. Hora alterada, afinal há um casamento às 17.

1 comentário:

Tiago Krug disse...

Para mim, a forma mais preciosa de dedicarmos o nosso tempo a nós mesmos, é permitirmo-nos sair de nós mesmos para nos observarmos com os olhos de quem nos ama...