terça-feira, 29 de dezembro de 2009

2009 em imagens



















sábado, 26 de dezembro de 2009

Natal

Vi os posts de Dezembro de 2008 e nao senti que conseguisse ter recordado alguma coisa da altura.

Bom, ja sei como costuma ser o Natal. Este ano tem uma particularidade: nao há Faro. Ate mudaria quase tudo, nao tivessemos feito uma troca: a familia algarvia veio entao passar cá o Natal.

E assim se constroi tradições. Simples. No meio da aflição de ter que preparar a epoca de exames do IST, aindo reservo dois dias para nada fazer. Os carols soam por toda a casa, e as velas desenham um percurso desde o topo até ao presépio. Veem-se filmagens de outros anos, e acima de tudo, continua uma história de partilhas.

Este foi mais um Natal. Todos eles teem alguma coisa em particular, em especial, que os diferencia. 

Este ano foi mais O Natal. Sem duvida, das melhores alturas do ano.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Não sei, não comento.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ílhavo

(fotografia retirada de murtosaemfotos.blogspot.com)


Este sabado rumei a Aveiro, mais propriamente a Ílhavo, para tocar o meu primeiro recital fora de portas Lisboetas e Gregorianas.

Acompanhado pelo meu colega Daniel, esta pequena aventura acabou por revelar que nem sempre onde se espera está o que se procura. 

Na verdade, os dois orgaos que hoje toquei (um alemao e um holandes, modernos) foram uma agradavel surpresa. A simplicidade das Igrejas onde se encontravam, e mesmo a sua estrutura, transformaram as peças numa interessante descoberta de sons. Nao era mais do mesmo. Era diferente.

Para recordação, e na esperança de um dia lá voltar para poder fazer um Concerto, fica a Igreja da Costa Nova, rodeada de dunas. Ao sairmos do carro, e sem ver omar, pudemos logo sentir o espectaculo que era.É um novo Natal.  

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Escadas

Loulé, 3 da manha.

Silêncio mentiroso, nas escadas que subo. Olho pela janela. Mais que noite cerrada, nao é a noite Lisboeta, que luzes tanto iluminam. É mais simples. 

Decoro estas palavras que agora escrevo, numa especie de viagem ao futuro. De hoje, entre IST, ensaios na Juvenil, viagens e dormidas, fica a frase:

"O ouvinte ouve o presente à luz do passado. O executante planeia o futuro à luz do presente", maestro Christopher Bochmann.

Olho para trás. As imensas histórias vividas. Todas elas quase sempre tem os mesmos "actores". Nós. E agradeço, porque é assim que a Matemática tem dado resultado, e a Música tem soado melhor.

E agora, vai um poker?

domingo, 29 de novembro de 2009

Recital


A minha redescoberta do Natal foi feita atravês de dois dos mais famosos compositores para Órgão. Terei todo o prazer em partilhar convosco.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

No final do dia, o cansaço torna-se uma agradavel surpresa.

Sem ele, o descanso nao teria o mesmo significado.

domingo, 8 de novembro de 2009

Fim de dia

Refúgio.

Fica apenas a 40 minutos. Nao muito.

E ontem, de noite, la fui. Esse poder que tenho, basta fechar os olhos, parar e ir.

A casa é da familia. Quero dizer, ja faz historia.

Abro a porta, devagar. Quem a conhece, sabe o quao dificil é poder abrir sem barulho. Pensei entrar pelo quintal do Tio Filipe, mas parece-me demasiado arriscado. Mesmo apos estes anos, nunca ganhei coragem para passar aquele simples caminho sozinho.

Entro, sigo para a sala. Fria, sem ninguem. Ja estao deitados. 

Afinal, o que é um refúgio? 

Lugar onde paramos, inclusive no tempo. Aí, podemos avançar para a frente ou para trás. Podemos re-viver as historias. O meu estilo desajeitado de futebol foi treinado ali, no palheiro. Ou podemos imaginar futuras historias.

O silêncio. Alguns carros passam, é raro.

Subo as escadas ao topo da casa. 

Deito-me, adormeço. As noites sao iguais às passadas. O sorriso de fim de dia é o mesmo. 

E naquele sorriso esconde-se a companhia de quem lá está.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ensaios, pensamentos, descobertas

O jantar terminara, as mesas estavam arrumadas, e na cozinha sobrava eu e o Jorge. 

O Gregoriano ja dormia, ou parte dele, no fundo nunca sabemos o que esperar. Rapidamente e em jeito de susto, o filho da Dulce apareceu à porta, citando a famosa frase ganhadora:

"Nao há paninhos quentes, André!"

Sorri, mais que uma especie de codigo secreto, era uma ligaçao.

Eu e o Jorge limpavamos e alinhavamos a loiça lavada, num silencio pensativo. Quebrei a pausa de longas breves:

"Engraçado, Jorge. Ha bocado a Rita disse, ao jantar, que nao sabia bem o que queria seguir porque para ela era dificil nao se imaginar a cantar daqui a 10 anos."

Jorge sorriu. É mesmo assim. Sorriso compreensivo. 

"Pois... acho que é um problema de todos."

E o silêncio quebrado recompos-se, qual tema de fuga!

A dificuldade está aqui. Daqui a 10 vou querer estar dentro ou fora da Musica? .. Dentro ou fora de Matematica?

Os pratos passavam de mao em mao, arrumados, prontos para o dia seguinte. O tempo era contado em forma descrescente, no fundo ninguem gosta de ficar a limpar a cozinha.

De repente, assaltado de um pensamento, partilhei:

"Bom, mas enquanto nao sabemos, nada melhor que dar graças por este dia."

Parei, encostei-me ao balcao, olhar fixo no tecto. Jorge nada disse, expectante do que viria a seguir..

"É que é um luxo poder estar a tirar um curso que sempre quis, e tambem fazer musica com estas pessoas!"

Jorge riu-se. É verdade! E realmente, poucas vezes damos valor.

Cozinha terminada, tempo de ir reunir com o pessoal na sala de alunos. Descemos calmamente as escadas...

"Simão, o que é que ainda estás a fazer de pé? Pedro! Pedro, para de correr! Isto ja nao sao horas..! Alberto... outra vez ires acordar a Magui com a esfregona.. nao..."

Avisos caiam em tom mandatário, confesso, mas tento nao faze-lo. É tao mais facil errarmos nós.

Chegado à sala de alunos, belo cenário! Todos dormiam profundamente... o cansaço era tal após um ensaio de Coro de Camara, que a ideia de ver o Rei Leao às escuras, telas de cinema, projectores directamente vindos da China ou do Cambodja, nunca sei, nao resultara.

Laura e Ana tinham a cabeça encostada uma à outra, enroscadas no pequeno cobertor.

Debora e a Eunice falavam, afinal, baixinho. Riam-se, baixinho, das suas piadas, privadas, mas que fazem delas assim tao especial.

Jorge e eu sentamo-nos, cada um numa ponta do sofá, mesmo a tempo de uma das minhas cenas favoritas:

"- Timon...
- Que é?
- Alguma vez imaginaste o que serão aqueles pontos brilhantes lá em cima?
- Pumba, eu não imagino, eu sei!
- Ah! E o que são?
- São pirilampos! Pirilampos que ficaram colados àquela coisa grande azul escura.
- Ah!... Sempre pensei que fossem bolas de gás a arder a milhões de quilómetros daqui...
- Pumba, p’ra ti, tudo é gás."

Dia cumprido, satisfaçao. Hoje há que dizer obrigado pelo que se tem. Daqui a 10 anos, aquela sala tera outras pessoas a dormir. Mas no fundo, a uniao de quem a fundou continuará, de certo!

sábado, 24 de outubro de 2009

Desabafos

Entrei de rompante. Respiraçao rápida.

Jesus ali estava, na sua secretária, na mesma sala onde outrora eu ja estive.

Pernas esticadas, olhar concentrado, na sua mao tinha o livro de José Saramago. E nao, nao era "Caim". Era o "Memorial do Convento".

O meu olhar surpreso nao passou despercebido.

"Diz, André!", Pediu-me.

Meio atrapalhado com a ironia da situaçao, balbuciei:

"Mas... vinha-Te desabafar acerca do livro..."

E ainda antes de eu acabar a frase, Jesus fechou o Memorial, endireitou-se na cadeira, olhou seriamente para mim e disse:

"Vens Me perguntar se acho bem ou mal, se fico ofendido ou nao..."

Inclinei a cabeça em sinal de aprovaçao. Estendeu a mao para a cadeira, numa especie de convite para sentar. Depois continuou.

"Tens que aceitar, André. É liberdade...!"

"Mas nao é abusivo? Quer dizer, as pessoas dao a desculpa que ele é Nobel, entao nao deveria ter mais cuidado com o que diz?"

"Imagina um grande musico. Ou um grande matematico. Agora imagina que ele vai ter que dar um espectaculo ou seminário. Quando chega a hora, enfrenta o publico, manda dois arrotos para o ar.. É por ser reconhecido que pode fazer isso?"

"Eu acho que nao..."

"Pronto, deixo-te com esta para reflectir. O escandalo é enorme, mas nao vale a pena! Olha, até mais pessoas teem lido a Biblia, sabias? Pode ser que ajude a conhecerem-Me melhor!"

10 segundos de silencio. Percebi a mensagem. Levantei-me. 

"André...", Disse-me, "... nao te esqueças que muda a hora!"

E com uma gargalhada, sem respiraçao ofugante e muito menos sem duvidas, abandonei a sala.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Dias assim


Simples.


Um dia bem passado tem que ser simples. Sem correrias.

O tempo pouco faz.

E deixa a saudade, no final, de voltar ao inicio. 

E porque nao, outra viagem de teleférico?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009


Prefiro pensar como um desafio.

Disseste-me que chegavas ao final do dia sem saber se eras capaz. Aqui escrevo, para mais tarde um de nós relembrar: és capaz.

Se calhar antes o caminho era simples como uma recta, numa planicie. Ainda bem. Agora é altura de escalar montanhas, de teres rocha e escorregares por vezes nos passos que dás.

Mas a diferença entre os dois caminhos é clara: no final da recta da planicie, nem a paisagem terá mudado. Nao tiveste muito cansaço, e teres chegado ao final da recta pouco te teria alterado.

Mas ao chegares ao topo da montanha, tens vista sobre tudo. O cansaço é grande, mas a recompensa é enorme. 

Vale a pena..!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

E ao avançar para a Igreja do Campo Grande, perguntei-me:

"Como é que eu devo encarar... a morte de alguem?"

Não é facil, e sei que muitas vezes é este o ponto que separa a fé. O meu passo ia rápido, a cara nao tinha feiçao.

Estava meio perdido no acontecimento. 

Ás vezes nao é preciso ter-se uma ligaçao profunda com alguem. Basta esse alguem marcar-nos de alguma maneira.

Estava aqui a resposta, entao, à minha pergunta: A morte nao é mais que um reconhecimento e passagem de testemunho. 

Confesso que nao me satisfez, principalmente naquele momento de dor. Mas sabia que a imagem que mais me vinha era o sorriso que trocavamos, todos os domingos de manha. 

Aquele sorriso marcava-me. Fazia parte daqueles sorrisos que eu sabia que me protegiam, que me perguntavam como ia a faculdade, a vida, tudo... num simples sorriso.

A Igreja ja aparecia ao longe. Nao havia mais a pensar.

Aqui fica a lembrança e o obrigado. A falta estará sempre presente, mas disseram: "Hoje o banquete nao é aqui. É na casa do Pai."

Eu creio que sim.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Retorno

Voltaram as aulas, o ritmo frenético e o pouco tempo para descansar.

Para trás ficou um Verão cheio. Cheio de descanso, cheio de energia, cheio de aventuras que me fazem acreditar: Basta querer!

Agora é altura de "arregaçar mangas". Expressao estranha, escrita. Mas sei o que significa. 

Revejo o ano passado tal como um treinador reve os videos do ultimo jogo da sua equipa, para tirar ideias.

Reconheço erros, agora espero poder emendar. Nao duvido: Basta querer!

domingo, 6 de setembro de 2009

Surpresa

Apesar de nao ter sido eu quem fiz anos recentemente, o presente foi dado pelo Carlos (O Carlos Nao Está em "Outros")

O grande sorriso que fiz ao ver o teu trabalho disse tudo!

Obrigado!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Nun komm der Heiden Heiland

"Marie-Claire Alain at the Schnitger organ of the St. Laurenskerk (Alkmaar)"




Tradução atrapalhada: Agora que vem o Salvador dos Homens.

Nunca tinha posto antes uma gravaçao de qualquer peça de orgao que nao fosse eu o interprete, mas esta obra é do outro mundo.

Na Alemanha, os corais possuiam outro caracter. Ao serem tocados naqueles instrumentos, é como se ganhassem o seu verdadeiro significado.

Esta é uma das peças que tenho no bolso para este ano. Fantastico!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Falta a agua Vio.

Faltam as bicicletas infernais.

Falta o por-do-sol junto ao rio.

Bremen será para voltar, sem duvida!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Live it!


O lema do turismo de Bremen é "Live it!".

E foi. Chegou ao fim 7 dias que mudam uma vida.

7 dias em que parti do zero, somente munido de vontade de conhecer e descobrir.

7 dias depois, percorria a cidade como se conhecesse à imenso tempo.


E imagens que antes eram somente.. imagens, agora sao recordações de uma realidade agradavelmente fantastica!

Foram experiencias inesqueciveis, de aventuras incriveis, numa terra que julgava detestar.


De Bremen digo até já.

E mesmo quando durante a noite, dois olhos azuis nos chamam e disparam frases em alemao, apenas posso sorrir..

.. porque há pequenas historias que nos podem motivar para uma semana...

.. um ano...

... uma vida! Live it!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ultimo dia

Arrumo tudo. Amanha vou embora.

Antes disso ainda tenho um ultimo desafio. Talvez o maior deste ano.

Bremen nao sera' adeus, mas talvez um ate ja'!

sábado, 15 de agosto de 2009

Experiencias

Sao dez da noite em Bremen.

A descoberta da cidade, sozinho, é uma experiencia que partilho com imensa gente. Tenho sorrido perante inumeras situacoes que sei que outras pessoas entenderiam.

O hostel é excelente, e antes do curso comecar, ja deu para ambientar.

Hoje, perto das nove da noite, saí de casa e fui dar um grande passeio até ao rio. O sol estava-se a por, e foi realmente fantastico. Estar sozinho acaba por ser uma experiencia de aproximacao a todos aqueles que comigo nao estao, mas que eu gostava que estivessem!

E comeca assim uma grande semana.

P.s.: Dizem que o Natal é quando o homem quiser. De tal maneira prevenidos que sao, Bremen tem um grande loja... de Natal.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dia -1

Amanha estarei a jantar por Bremen.

A ideia é fantastica.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Dia -2

Palácio de Edimburgo - Abril 2009


E pronto, de repente ja so faltam 2 dias para eu ir para Bremen. E acho que ainda nao me apercebi bem no que me vou meter.

Nao é que ache dificil, mas so o facto de ir sozinho redobra a atençao. Quando fomos para a Escócia, a viagem foi toda preparada por nós. Mas eramos 13. E mesmo a equipa principal eram 3, que delineou os promenores mais pequenos (embora tambem importantes).

Confesso que gosto desta aventura. Tanto pelo o que me leva a faze-la, como pelos horizontes que sei que me vao abrir.

Levo inumeras pessoas comigo, frases, locais e de certeza momentos que gostaria de partilhar. Fa-lo-ei num sorriso, certo que para cada momento haverá alguem em especial com quem gostaria de partilhar.

Bremen parece ser uma cidade simples, à primeira vista. O curso parece fantástico. Agora so falta mesmo ir para lá!


sábado, 25 de julho de 2009

So others may live

Este é o lema da Equipa de Salvamento da Corda Costeira dos EUA.

Simples.

sábado, 18 de julho de 2009

Querido Avô:

É bom ter memórias. Hoje recebi umas partituras que tinha mandado vir do Porto. Mesmo com o quarto num caos, la me sentei ao orgao para descobrir a tao emocionante fuga 539 de Bach. Confesso que é qualquer coisa de espectacular. Se nao conheceres, recomendo vivamente.

É bom ter memórias. Quando regressava hoje para casa, descobri que escrever e tocar sao coisas parecidissimas. Alem de ambas contar a mais simples história, ja reparaste que se nao praticares as duas com alma, nada vai sair?

Repara: Se eu escrever um texto que devia transmitir desanimo, se eu nao escrever na altura que estou a sentir esse desanimo, entao nao vou conseguir transmitir esse sentimento. O mesmo se passa com a musica: se eu tocar sem qualquer intençao interior, entao nao vale a pena. 

Mas aqui, Avô, é que está o bestial: ambas precisao de reflexao! Perceber uma musica, escrever um texto. Nada sai de repente. E o sentimento procura-se, porque vem ao reflectir. 

Caramba. No outro dia vi-te nas filmangens habituais do meu pai. Ele tem razao: a persistencia vale a pena. 

Hoje sinto pena de nunca termos trocado conhecimentos de Canto Gregoriano. Mas ambos sabimos o truque secreto da ordem dos sustenidos e bemois, que dava um toque ligeiramente requintado a qualquer conversa. 

É assim. É bom ter memórias. Vivas! Que nos façam sorrir! Porque sao essas que me fazem ter a certeza...

... de que nos veremos para lá do Sol posto!


terça-feira, 14 de julho de 2009

Marcas de vida


Diz-se que a palavra saudade nao tem tradução nas outras linguas.

Faz-me sentir bem ao poder usa-la. Hoje.

Estive 1 dia em St. André, mais especificamente no Monte de Cerradinha. 1 dia, que valeu por uma semana. 

Entao lá fomos, 7, unidos, rindo alto e descontraidamente. A casa ficava num parque natural. Magnifico. A vista enchia-me, e apetecia-me gritar. Nao havia casas à volta, e de vista so se captava uma ou duas.

Descontrai. Finalmente, apos tanto exame, tanto estudo, soube bem. Ainda por cima, apos mais um sucesso. Tive medo de perder ritmo, pois ainda tenho outro para preparar, mas percebi que hoje venho com mais garra. Com mais Eu.

E tudo porque estive la, perdido no meio daquela magnifica vista, com o Tiago, a Laura, a Maria, a Ana, a Teresa e o Francisco, a jogarmos poker e cantarmos 3857 2ªs vozes diferentes para cada musica que aparecia. Porque a dupla Tiagao-Mega André arrumou com todos no Kames. Porque ao deitar, e ao fechar os olhos, soube bem te-los por perto. Porque ainda ninguem explicou porque é que se usa o verbo Foldar. Porque a Laura dominou no Poker. Porque afinal nao andámos de gaivotas. Porque o Chocapic, após tantos anos, continua forte em chocolate!

No final da noite de ontem fui lá fora. Ja nao me lembro se ouvi grilos. Que estranho. Estou habituado ao Norte, mas confesso que o Alentejo foi uma agradavel surpresa. E quando a brisa mais forte passou, com cheiro a maresia, fechei os olhos e agradeci aqueles e outros momentos.

E pensei na saudade de ter que sair de mim para ir para outro lugar. Na preocupaçao constante. No sorriso que trazia estampado na cara. Saudade que voltará um dia.

É assim a minha vida!

sábado, 11 de julho de 2009

Agora

Agora sim, posso ir dormir.

(retirado de http://manchinhas-ammm.blogspot.com/)

Boa noite. 

domingo, 5 de julho de 2009

Fins de tarde

E é quando se partilham historias de vida que nos passamos realmente a conhecer melhor.

Histórias de vida que temos orgulho e fé em partilhar. Historias que nos fazem sorrir, por serem tao surpreendentes e por nos fazerem olhar a outra pessoa.. com outros olhos!

Pois é nas histórias realmente ocultas que nos descobrimos. 

E as amizades passam a ter, entao, a verdadeira definiçao da palavra.

A ti, Verónica, que decerto nao és computavelmente enumeravel nem um silogismo hipotético, Obrigado!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Bremen '09


A nova aventura deste Verão!

Estarei fora de Portugal a meio de Agosto, em Bremen (Alemanha) para poder participar no curso 38º Curso de Verão pela North German Organ Academy.

Durará 3 dias, nos quais terei oportunidade de ter alguma noção "do que possivelmente se faz lá fora". Aprender, absorver muita música e conhecimento será o mote, e a preparação te-la-ei como exigente.

Lembro-me de, quando estava a fazer a viagem para Edimburgo (Escócia '09!), ter pensado: "Wow, como será ter que viajar para outro país, para fazer música?".

A resposta nao durará muito a chegar. Ja tenho ideias para a viagem, e mesmo estando longe do blog, levarei comigo algo para ir relatando a experiencia e para depois poder partilhar aqui.

Até lá, vai sendo um desafio descobrir a cidade ainda só por mapas e sites, aumentando assim a desde sempre enorme curiosidade!

domingo, 28 de junho de 2009

Igreja Evangelica Alema

Audição da classe de orgao do Professor Antonio Esteireiro.

André Ferreira - Introduktion und Passacaglia d-moll - Max Reger

Michael


Inumeras foram as pessoas que me abordaram, dizendo: "Lembrei-me de ti", quando souberam da morte de Michael Jackson.

Era e sou um fã, pela arte, pelo talento, por toda uma magia que.. so ouvindo e vendo!

Nao quis acreditar ao inicio. Agora nao deixo de sentir uma certa amargura por tudo. Foi um trajecto que se vinha a detrioar, mas eu sabia que no fundo, esse talento ainda residia lá.

Havia tanto para fazer, há ainda mais para recordar.

quarta-feira, 24 de junho de 2009


sábado, 20 de junho de 2009

Marcas


Todos os anos olho para este quadro com o mesmo fascinio de que me recordo.

Este é o quadro que está na sala de jantar da caso dos meus avos, no Algarve. E mesmo durante acesos almoços, com discussoes interessantes ou ambiente completamente acolhedor, este quadro arrebata-me para bem longe.

Afinal, que fazia aquele senhora, aquela hora? Para onde ia?

A quem pertence o primeiro enorme castelo? E o segundo? Será que eram inimigos? Nao.. parece-me dificil.

E a casa do lado direito? Gente mais rica que a senhora que caminha ao sol?

Nao sei. Mas acreditem, tenho feito teses de doutoramento para cada uma destas teorias.

E no Inverno, aquela luz tao bem pintada faz em mim sensação de calor.

E no Verão, aquelas sombras que me captam pela forma e fluidez, sao sombra.

Região distante, coberta de verde. Faria uma história que começasse naquele quadro. Naquele momento. Estilo filme que depois tornaria o quadro vivo e focasse a imagem naquela senhora.

É por isto que toco. Porque nao sabendo pintar, dou banda sonora a momentos como aquele. Foleiro? Levanto os ombros em sinal de compreensao.

Mas é mesmo assim!

Trabalho

(Faro - Natal 2007)

Sinto-me numa súbita sensação de .. férias.

Incrivel, tendo ainda pela frente 4 exames, qualquer um pior (ou quase) que o seguinte.

Mas mesmo assim, uma excelente sensação de descanso.

Percebo. Um ano de música pode nao cansar a alma, mas o corpo, principalmente quando este precisava de um certo "rumo" definido. O estudo cansa, claro, mas saber que finalmente posso dar a cada coisa o seu tempo merecido, fa-las mexer melhor. Sem duvida.

E nem mesmo o calor ou a falta da praia me faz querer apressar trabalho. Acho que estou descansado e confiante. Tal como precisava de estar!

Quem diria, hem?

sábado, 13 de junho de 2009

Dias assim

Audição de Alunos '09

Introduktion und Passacaglia d-moll

Max Reger


(atente-se que o primeiro segundo de filme é de outra actuação, levada a cabo pela AEIGL, numa caracterização de funcionários e professores do IGL, que estiveram tambem presentes na audição)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Saudade

domingo, 7 de junho de 2009

Este..


... sabádo...


.... fui com o Coro Gregoriano do IGL a Alcobaça...


... e foi a festa do costume (excelente musica com optimo divertimento)!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Largada de pensamentos


Hoje, praia.

Quarta feira de manha nao seria o dia mais apelativo para o fazer, ainda mais com o risco acrescido de possiblidade de mau tempo.

Nao considerei um luxo, mas uma necessidade.

E entao, lá fomos, 3, até à Costa da Caparica. Deserta, na nossa zona, fomos ainda abordados por um arrumador que auto-proclamava-se "Guarda do Parque de Estacionamento", mas que apenas pedia uma "ajudinha", a qual nao recusámos.

E enquanto dava os primeiros mergulhos de 2009, nao pude deixar de lembrar-me da minha praia. Daquela praia que faz tanto parte de mim.

Sonho, um dia mais tarde, vir a viver em Faro. Acordar cedo e ir para a praia da Ilha de Faro, no meu carro, e dar um mergulho. A praia? Deserta, sem vivalma, ou talvez uma ou duas que por lá passeiem no mesmo espirito.

Nao se trata de utopia, sem duvida. Aliás, sabendo que é uma certeza, assisto delicioso ao processo que me levará até lá.

No outro dia vi "The Family Man", um filme onde um senhor larga a namorada em prol do sucesso milionário que poderá fazer (e acaba por fazer). É confrontado anos mais tardes com a oportunidade de viver o outro lado da história: caso nao tivesse largado a namorada. Ao inicio nao acha piada nenhuma, mas depois, quando regressa à sua vida normal, nao aguenta e vai procurar a jovem (mesmo passado 11 anos).

Isto tudo porque tem sido uma luta engraçada de ver (pouca de viver, creio) entre alguns alunos do IGL, os quais se esbatem entre a pergunta: construcção ou nao construcção de familia? Tudo porque por vezes sabem que a carreira musical que pretendem nao poderá dar espaço a uma vida partilhada.

O ano ja me pesa. Desde Setembro que o trabalho tem sido uma constante (por vezes nao propriemente uma constante que agrade), mas talvez por isso o cansaço nota-se mais que nunca.

Hoje a praia nao era um luxo, mas uma necessidade de espairecer e receber energias novas. Apesar do cansaço, soube bem.

E nada me deixa mais empolgado que a estranha descoberta, todos os anos, do Verão e da praia. Sabe tao bem como um optimo cozinhado que ja nao provo à imenso tempo. Todos os anos o fascinio é o mesmo, mas a piada está mesmo aí.
Por isso..
Hoje, praia.

domingo, 31 de maio de 2009

Audição IGL - Educação Vocal

António Fontes e André Ferreira - Gebet - Joseph Haydn

sábado, 30 de maio de 2009

Amanha

post da minha autoria retirado do blog da Associação de Estudandes do IGL

"Check", pensei, no final de mais uma ronda.

Subi ao meu quarto. O pessoal ja está todo a dormir. Lá em cima oiço barulho. Gritos. Jogos de pepe rápido que estão por terminar.

Amanha é mais uma audição. Sente-se o cheiro quente de Verão, dormimos com janelas abertas e estores corridos.

Sento-me. Os gritos continuam, soltam-se risos. Oh! Aquele é o da Laura, inconfundivel, como sempre. Vinha de fazer o Crisma. O riso parecia mais branco e puro que nunca!

Amanha é dia de Educação Vocal para mim. O cansaço ja pesa. Vou-me deitar com um suspiro profundo de quem passou um dia a trabalhar, e nao foi para a musica. Sinto falta, portanto.

Chiu. Alguem bateu à porta.

Espero.

Espero que alguem insista. É que nao me está a apetecer levantar, estou cansado.

"André", ouvi. "André, estás aí?", perguntava uma cabecinha que espreitava, a medo, para dentro do quarto.

Nao respondi. Desculpem o egoismo, surgiu do cansaço. De repente oiço..

.. um fungar de nariz..

.. e vejo a pessoa a levar as maos aos olhos e a soltar um soluço..

Levanto-me num àpice. Tronco nu, nao me queria vestir, fui directo à porta. Abri.

Timida, a criança levou as maos à cara e desatou a chorar. Reconheci.

"Joao, Joao, anda cá", disse. Baixei-me. Agarrou-se a mim e continuou a chorar que nem "uma Maria Madalena".

O Joao ainda é novo. Entrou este ano para o Gregoriano. Duvido que estivesse a chorar por saudades dos pais.

Acalmou-se. Limpou as lágrimas.

"Entao, agora queres contar o que se passa?"

Joao sentou-se. Queria contar mas tinha vergonha, eu notei.

"Vá, ja percebi. Envolve raparigas?"

Abanou a cabeça em sinal afirmativo.

"André... (Soluço)... Ela está a namorar com outro, nao gosta de mim", e dito isto, desata de novo a chorar.

Quis rir-me. Juro! Contive-me a tempo. E quando voltei a mim depois daquele momento, pensei na amargura, ainda criança, daquelas lágrimas. Lágrimas Gregorianas, de certo.

Levantei-me, deu-me a mao e seguiu-me. Ele vinha sempre a chorar. Fui ao quarto dele, vasculhei na secretária e encontrei as partituras dele. Peguei no violoncelo dele, e descemos até à sala de orgao.

Ele sentou-se, limpou as lágrimas e ficou a olhar para mim.

"Joao! Em vez de eu estar aquilo no bla bla bla e dizer-te que ela nao te merece (o que eu acho que é verdade!), vamos fazer algo.. Musica!"

Pausa. Olhar curioso.

"Musica, André? A esta hora? Nao consigo.. So penso nisto."

Nao liguei. Procuro alguma peça que ele esteja a tocar. Modo menor!

"Esta, pode ser? Sabes de cor?"

Olhou. A cara estava vermelha do choro, mas a musica nao chama horas, nem pessoas, nem idades, nem tempos..

Sentou-se, tirou o violoncelo. Apoiou o espigão. Deu umas arcadas. Afinámos.

Sentei-me ao orgao. Puxei os registos. Fiz uns acordes. Afinámos. Desta vez, sentimentos.

E antes de tocarmos, disse:

"Sente o quão triste estás. Agora toca a peça como se ela fosse um enorme desabafo a tudo aquilo que sentes."

Joao nao pestanejou. Foi forte. Pegou no arco. Respirei, comecei, ele entrou..

..Triste..

.. e triste continuava...

E dei por mim, as lágrimas corriam-me o rosto. Talvez de alegria por tanto talento, talvez pela tristeza dele me percorrer a alma.

Acabámos, e ficámos em silencio. Olhei para ele, e ao ver-me chorar, deixou escapar um ligeiro sorriso.

"Agora que me acabaste de fazer chorar, vamos a uma peça para nos alegrar?"

Sim, disse. Pegou rapidamente numa. Era aquela.

Tocámos. E o sentimento, ao mudar, mudava a sala. A cor. Nao ouvem? Cada nota pareciam 3. Cada 3 pareciam 1000.

Quando acabámos, arrumámos e subimos. Sao horas de deitar.

Em jeito de brincadeira, como costumo fazer, peguei nele estilo saco de batatas, e levei-o ao quarto. Ja soltava gargalhadas.

Pu-lo na cama. Lembrei-me do episodio das gemeas. Talvez agora nao fosse preciso, ele era mais velho.

Quando me levantei da cama, agarrou-me o braço e perguntou:

"André, se fosse contigo, que farias?".

Estremeci. Vacilei. Arrepiei-me.

"Nao sei. Mas fica combinado: se me acontecer, eu venho ter contigo!", e soltei um piscar-de-olho cumplice, próprio de nós dois.

A idade separa.

A música nao.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Outro mundo



Introduktion und Passacaglia d-moll , Max Reger - André Ferreira

domingo, 17 de maio de 2009

Crescer

(6 de Outubro de 2006 - Voluntariado em Caneças)

Hoje o Padre Vitor Feytor Pinto, pároco do Campo Grande, brindou toda a assembleia com mais uma reflexão brilhante e fantástica.

Perguntava, entao, na sua homilia: "Qual a actual definição de amor?"

Fiquei especialmente atento. Fiquei à espera de uma resposta concreta. Ele continuou.

"Para muitos, o amor é paixão. O problema é que a paixao dura pouquissimo tempo. Por vezes chegam-se jovens junto de mim que dizem: 'Queremos casar porque estamos muito apaixonados'. E eu digo sempre: 'Entao voltem daqui a 2 anos!' "

A assembleia soltou um riso. Gostei da primeira abordagem. Curioso. Ja tinha pensado no mesmo, mas nao com a mesma ideologia. Retirou a primeira não-definição. Mas ainda nao tinha chegado ao ponto fulcral.

"Para outros, amor é desejo. Porem, quando o desejo é satisfeito, depois já nao há nada, e dizem: 'Ja nao sinto nada por ti!' "

Outro riso, mais abafado desta vez, largava um sentimento de reconhecimento na assembleia. Sorri. De facto, aquelas duas nao-definições era as mais usadas. Talvez as mais faceis de serem usadas.

"Creio, meus amigos, que amor é, fundamentalmente, entrega. Amor é esquecermo-nos de nós para podermos-nos entregar totalmente a quem mais amamos."

Desta vez, nada de risos. Nem sequer um "Ah, sim, pois, claro". A verdade é que ja me tinha esquecido desta definição.

Depois continuou, desenrolando um leque de ideias interessantissimas. A entrega nao é facil, nunca será. Hoje à tarde estava a fazer zapping e parei num filme cuja a frase que estava a ser dita era: "Amor implica dificuldades."

Fiz 2+2 e cresci. Nao em altura, é certo, mas talvez num amadurecimento de ideias. E creio que oportunidades para aplica-las nao faltarão.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Melhor Momento?

"O órgão a tocar
Só pode ser o André, sao horas de o chatear
Ouve-se o metronomo, ele está adiantado
Deixo-o estudar mais um pouco, senão fica amuado.
Ouço um piano ali ao lado, penso em pecado
Como é que soaria um piano queimado?
Pão com Nutella a seguir
Já há pouco para hoje, mas as compras estão a vir.
Vou fazer um coral, a melodia 'ta boa
Nao fiz 5ªs paralelas, mas que bem que isto soa!
Uma sinfonia de Brahms p'ra escrever em FM
O Tiago já a sabe, o André quase que treme.
Na biblioteca encontrar Bach é uma ganda canseira
Mas hoje, nao sei como encontrei à primeira.
Na Caravela o André pede um Ucal p'ra mim
Ainda bem que há pessoas assim...

Apesar de parecer mais um tipo normal
Esse tal de André Ferreira é alguém especial
Ele é fixe, ele é bacano, ele é genial
Ainda bem que há pessoas assim....

O Esteireiro está inspirado
Hoje é um daqueles dias
Tá a aplicar no André todas as suas teorias
A peça que estudou ontem
Hoje parece que soa melhor
Ouvi-a tantas vezes, quase ja a sei decor.
Estou com EDD a ensaiar
Nem sinto o tempo a passar
Até o André dizer que ja sao horas de almoçar.
Meia de hamburguer vai demorar a sair
Mas mando vir, vá trazendo as bebidas para abrir.
Sinto a cola a deslizar, bem fresquinha
O Topo da Avenida é quem tem boa cozinha!
Para fechar, um doce da casa prá sobremesa.
O Sr Viana entra com toda a delicadeza.
Sentá-se à minha frente e começa a rir à toa
Nao consigo controlar, mas o André está na boa.
Mete conversa com ele, sempre a sorrir para mim
Ainda bem que há pessoas assim

Apesar de parecer mais um tipo normal
Esse tal de André Ferreira é alguém especial
Ele é fixe, ele é bacano, ele é genial
Ainda bem que há pessoas assim....

Latim acabou, vou-me embora, ja sao sete
Mas passo na Sala de Alunos e fico a jogar um Pepe
Um monte tem uma carta, tiro o que tinha quase cem
Levo as maos à cabeça, o André troça: "Muito bem...
Podes ser bonita, até simpáticoa
Mas tens uma treta de táctica
Vê-se que nao tens prática..."
Vou à Fnac comprar uns CDS para ouvir
Tens alguma coisa que me possas sugerir?
"Compra a Bela Moleira!"
Vou bazar.
Mas nao quero ir sozinha: a malta tá a chegar
Ao sair do IGL, mas que desilusão
Mostram-me uma negativa a composição
Acontece...
Depois das aulas, mochila arrumada
Todos a caminho foi rir à gargalhada
Comenta o André Ferreira chegando-se ao pé de mim:
"Devia haver mais dias assim..."

Apesar de parecer mais um tipo normal
Esse tal de André Ferreira é alguém especial
Ele é fixe, ele é bacano, ele é genial
Ainda bem que há pessoas assim...."

domingo, 10 de maio de 2009

Ana Lee, Ana Lee


Que ano..!

Estou aqui a escrever, e sinceramente, devia estar a estudar Topologia ou Orgao, algo deste genero. Esta é a nossa frase tipica de manha, quando interrompemos o estudo e fazemos o nosso "coffeebreak".

Escocia partiu de uma das nossas ideias impensaveis. Uma sede de projecto. Queriamos trabalho, queriamos divertir. Fico-te grato. Foi um renovar de energias: isto de estudar musica de manha enquanto se pensa que tem um curso de Matemática nao é a coisa mais facil do mundo.

Lembro-me quando a Directora entrou pela 26 (? Nunca sei as salas! So sei a de orgao! Ahaha!) e disse que queria remodelar o espaço do IGL, precisava de por armários na casa de banho. Sugerimos entao que tambem a banheira nao servia para nada, e ela gostou! Quem diria que agora o armário que está na casa de banho la de baixo e é a porta de entrada para Narnia foi sugestao nossa.

Lembro-me quando, numa durante, na Escocia, senti duas raparigas a invadirem-me o beliche. De repente, um peso nas costas: uma cabeça deitava-se em cima e dizia: "Posso ficar aqui, posso? Va laaaa!". Eu, desesperado, so dizia: "Laura, Ana.. Olhem os australianos. Mais baixo. XIUUU. Mais baixo!".

Lembro-me de ter visto o teu "quase-diário-musical" onde escreves o que tens que estudar, bla bla bla, e ter lido uma reflexão que fizeste acerca da tua escolha pela musica. "O trabalho é a diferença entre os que conseguem e os que nao conseguem". Era algo assim. Gostei. Deu o mote para esse semestre.

Lembro-me de há poucas semanas me teres obrigado a fazer horários para estudar para o IST, e deu uma ajuda: Tive 16,5 num dos trabalhos que entreguei.

Terça feira vai ser o dia. Sei que vais dar o teu melhor, e que o teu melhor é somente... mágico. Terça feira, o IGL vai abaixo. Quase como se conquistassemos um campeonato. O da vida, provavelmente.

A ti, obrigado!

"Quando ela se poe de vestidinha, parece logo uma princezinha"

Curiosidades


Ha um ano, começava aquilo que chamei de "Reviravolta". Nao interessa. Relembra-se.

Hoje foi a 1ª Comunhao dos miudos com quem ja estou há 3 anos.

Sempre achei treta ficarmos comovidos a ve-los crescer. Nao. Nao é mito. Quando nos entregamos, acredito que vale a pena.

Hoje tambem cresci. Teem sido 3 anos de re-viver infâncias. Creio que nos percebemos tao bem porque ainda me lembro como eram as "regras". Nao que sejam regras aceitaveis, mas que eles funcionam segundo.

O Francisco: é dos mais inteligentes. Ontem descobri que nao gosta de Portugues, e que adora Matemática. Ri-me. Reconheço-me ali!

O Ricardo: grande jogador de futebol. Quando me avista todos os sabádos de manha, corre para mim a perguntar se pode ir brincar. Sorriso maroto.

A Beatriz: porta-se sempre espectacularmnete bem, e sei que posso sempre contar com ela. Uma das "Pedras Seguras".

A Inês: tem as observações curiosas. Adora conversar com a Rita, mas ja aprendi a tecnica para isso nao acontecer.

A Rita: eterna parceira com da Ines. Nao gosta quando lhes chamo a atençao, mas percebe melhor que ninguem que está errado.

O Tomás: nao consigo nao me rir. Adora wrestling. Tem dificuldade em ficar parado, mas é a sua maneira de ser: aprender melhor!

O Martim: ja la vao os tempos em que eu lhe chamava a atençao e ele ficava a olhar para mim. Lembro da festa do Pai Nosso e da maneira como ele se portou. Agora sabe tudo direito, faz perguntas e é curioso. Começo a ficar sem resposta!

A Madalena: controla o irmao que é uma beleza. Tem uma cultura que me faz levantar a sobrancelha esquerda.

Ha mais nomes, mas por hoje ficam estes. Um dia hei-de agradecer-lhes. Profundamente!

domingo, 3 de maio de 2009

Desilusão

Hoje sinto-me desiludido.

Para tal ter acontecido, é porque criei expectativas. E criei. Muitas. Será que quanto maior a expectativa, maior a desilusão?

Mais um paragrafo que fecho do meu livro. Um ponto final. Nao, agora nao é ponto e virgula. Talvez um dia eu altere e acrescente palavras. Hoje sei que a decisão anteriormente tomada é definitiva.

Saio de um projecto que agarrei com muita devoção e amor ao inicio, que ao fim de 3 anos volto a re-descobrir nos sorrisos daqueles que agradecem. Agradecem o evoluir, agradecem o ter feito crescer. Sorrio e "eu é que agradeço". Ao longo destes 3 anos, tambem cresci.

Custa quando o nosso trabalho nao é reconhecido, ou pelo menos as sementes que deixámos. Custa quando nao somos alvos de nenhum olhar, porque a conversa nao existe.

A mim custa-me que se esqueçam de outros projectos anteriormente feitos que deram frutos. Eram sinal de alguma coisa. No entanto, passam por cima, como se tal nao fosse importante.

E quando o fazem, nao me vou embora. Procura essa folha pisada, sopro e levanta o pó, re-escrevo numa folha limpa essa história, projecto, que insistiram em esquecer, mas que eu nao deixo.

Hoje nao fui mais que mais um. Para aqueles que, ironicamente, surgiram graças às folhas que escrevi.

Hoje a desilusão é enorme.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Arquivo

"André", grita o meu pai, "vem cá! Descobri no meu arquivo uma ficha informativa de quando andavas na Brupepa"

A Brupepa foi onde tive a minha pré-primária. Ficava em Carnide. Agora, no seu lugar, encontra-se um restaurante. Durante muito tempo, mesmo após ter encerrado, os desenhos colados nas janelas permaneceram.

Desci as escadas e num apice peguei na ficha, curioso. Pedia-a para traze-la cá para cima, para poder pensar um pouco na preciosidade que acabava de descobrir.

Abril 94.Nº3.

Quando ia começar a ler, uma voz pequena surge curiosa nas minhas costas.

"O que estás a ler?", perguntou-me.

Olhei para trás e sorri.

"Nao sei, André, vamos ler!", disse, pegando o pequeno ao colo.

Ele sentou-se e pegou na folha. Caracteristica aquela minha curiosidade.

"Mas..", disse, hesitante, "eu nao sei ler..."

"Entao eu leio para nós", e lá começei.

"Dominio Sócio/Afectivo - Continua a desenvolver uma boa e saudavel relação com os amigos. Já gosta mais de arrumar o que desarruma. É orgulho da familia que tem."

Pausa. Vi que ele estava a olhar para a folha tentanto reconhecer na escrita aquilo que acabara de ouvir.

"Nao percebi quase nada do que disseste", desabafou.

Nao faz mal. Um dia percebeu!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

In der Fremde



Apesar de ter saido uma bela porcaria (um autentico assassinio desta espectacular musica), a meu ver, creio que é com os erros que se vai aprendendo.

14 de Março - Audição de Educação Vocal da Professora Elsa.

Nós por cá



Nao estou envolvido em nada nesta peça, mas ao reve-la (Visto que foi da Audição de Alunos do anos passado), nao resisti em mostrar o que se faz no IGL nas horas vagas. Sim, nada disto foi preparado para alguma disciplina nossa. (por Tiago Oliviera e Ana Raquel, e Ria Tavares ao piano).

Repercursões Escocesas I



Escrevaram no blog da Associação de Estudantes do IGL:

"A afinação pode não ser a melhor do mundo...
A acústica não é exactamente perfeita...
A qualidade do som deixa muito a desejar...

Ainda assim...

Não é todos os dias que se vê um grupo de 11 pessoas cantar o Abendlied de Rheinberger no castelo em frente ao lago de Loch Ness."

Nao podia estar mais de acordo!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Companhia

Estou cansado.

Cansado de maus resultados, cansado de trabalhar, cansado de estar cansado.

Nao, hoje nao fui dormir a casa. Nem sequer em Lisboa.

Hoje, quando sai do carro, senti logo. Aquela brisa. Aquele odor longiquo mas presente.. de mar. Hoje fui dormir a Faro. Tinha que ser. Era necessário. Preciso de descansar de tudo.

Fechei a porta com cuidado. A Rua da casa da minha avó, em Faro, fica inundada em total silêncio, à noite. Nem carros se ouvem. Qualquer passo é estridente, e ao mesmo tempo, acompanhador.
Adoro estar em Faro. Parece uma ilha desgarrada de tudo. Mas nem ilha o é!

Carro fechado, atravesso a rua. Olho para cima. A sala está com luz, mas so de presença. A minha avó ja esta a dormir a esta hora, é certo.

Meto a chave na porta. Abro, entro, e fecho. Som caracteristico. Abro a luz.

Lembro-me quando, em mais novo, o meu avô aguardava no final da escadas, para que eu corresse e fosse ter com ele. Cada momento desses era ouro. A memória continua a se-lo.

Agora, mais velho, com mais responsablidades, subo essas mesmas escadas consciente de que, por vezes, agora sou eu o "Senhor Ferreira". Nao soa mal. Mesmo nada mal.

Luz acesa, abro a porta com a chave tao estranha. Acho sempre fascinante. A luz apaga-se. Tenho cuidado ao abrir a porta, costuma chiar.

Entro e a luz de presença está aberta na sala. Oiço a respiração da minha avó, a dormir no quarto.

Aquele silêncio. Aquele. Oiço qualquer respiração que faça. Pé-ante-pé, depois de ter fechado a porta com a melhor técnica que sei, vou para a sala.

Fecho a porta, atiro-me para o sofá. Deixo estar assim, e uma paz invada-me. Sempre. Fecho os olhos, mas nao gosto de adormecer ali. Gosto de ver um bom filme, e quando esse filme acaba, ver outro que nao estava à espera.

Os olhos ja pesam. Foi da viagem. Levanto-me, cambaleando com o sono, e levemente irritado por ainda nao estar com a cama feita. Vou à cozinha beber agua. Cada passo, gesto, olhar é deliciosamente efectuado. Saber estar em Faro requer.. técnica! Sorrio ao pensar na parvoice desta frase, embora saiba o que significa.

Volto para a entrada. Puxo do sofá-cama, estico os lençois, tudo feito. Desligo a luz da sala. Agora é aos trambolhoes que vou ter à cama. Deito-me.

Agradeço a Deus estes momentos. Momentos em que sei que estou a re-viver uma memória futura.

Ali, naquela casa, nada me faz mal. Ali nao há contas a fazer, trabalhos a entregar, nao há a azafama do costume.
Fecho os olhos, e rapidamente adormeço.

E ainda sinto que a meio da noite ele lá vai, puxar os lençois um bocado mais para cima, e verificar se tudo está bem.

O cansaço desaparece, e entra-se num silencio profundo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Foi ao sabor do vento frio da Escócia. Ao bom sabor do vento.

sábado, 4 de abril de 2009

Escócia '09



Esta será apenas um de muitos monumentos históricos que irei visitar dentro de 4 dias...



... com mais estas 11 pessoas! (Quem é que me descobre na fotografia? Vá, nao é dificil!)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Carnide


Hoje foi mais um dia de re-encontros. É optimo! Histórias e mais histórias a serem partilhadas, na minha "terra", por aqueles com os quais terei sempre uma ligação especial.

Quando começo a ouvir "Lino!!", percebo que voltei. Aos tempos de colónias. Aos tempos de acampamentos. Aos tempos de PESadas em casa do Ricardo, e futeboladas até mais nao. Passeios de ida e volta até ao Colombo.

Sao um conjunto de episódios com os quais rio imenso e que vale sempre a pena poder rever. Uma história bem escrita, disso nao tenho duvidas.

Foi a melhor forma de ter acabado o dia!

sábado, 28 de março de 2009

Revelações


Agora que tenho tido um regresso às origens, com um retorno convidado à Igreja do Seminário para ajudar na festa dos 800 anos da Ordem Franciscana, há algo em mim que nao posso deixar de partilhar (ou deixar passar impune).

Nao é a primeira vez que, de repente, se tivesse o hábito Franciscano em cima e despojado de tudo aquilo que me pode ser dispensavel, eu gostaria.

Conheço bem a ideologia Franciscana e nao me é nada .. incomoda. Para mim, faz todo o sentido. E mais do que fazer sentido, é um modo de vida ao qual eu gostaria de pertencer.

A ti, que estás a ler, nao te deixes surpreender. Talvez a pergunta que se impoe a seguir é: entao porque nao largas tudo e te tornas Frade?

Curioso. Vejo algumas pessoas a rirem-se com a situação. É natural. Eu tambem.

Bom, pergunta merece resposta. E é a mais obvia de todas. Porque faze-lo seria radical. Nao deixa de ser irónica. Afinal, na conotação de hoje em dia, radical é aquele que é capaz de aguentar 2938798 copos de alcool e correr direito pela Avenida da Liberdade.

Pedro debruça-se sobre a mesa, aqui ao meu lado, e pensa em voz alta: "Tão radical e ao mesmo tempo.. tao natural!"

Incrivel. Costumo achar piada a novos desafios. Este, no entanto, assusta-me. Nao por medo, mas pela enorme mudança que seria.

Uma cama de madeira, um colchão, uma roupa, e o facto de poder ajudar alguem alimentava a minha maneira de ser, e disso nao tenho duvidas.

Tão radical e ao mesmo tempo.. tão natural.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Modo de vida?

Paz e Bem!

domingo, 22 de março de 2009

Hoje


Hoje apetece-me, mais que nunca, voltar.

Hoje sinto que isto tem sido como a subida ao Pico. Nao viamos nada, pelo nevoeiro, mas sabiamos que o caminho era.. para cima.

Sabiamos que iriamos lá chegar.

Por meio de lama, por meio de terra escorregadia, por meio de chuva imparavel, por meio de tudo.

Talvez um exemplo para seguir na vida prática. O mais comodo teria sido desistir logo.

E mesmo quando descer pareceu uma ideia de loucos, tanto pelo cansaço como pelo desafio, a verdade é que soube bem: chegar ao topo e chegar ao fim.

Faço uma revisao rápida de imagens, e no final so me apetece rir bem alto.

Dose para continuar!