quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Histórias de meia-noite

A voz do outro lado do telefone soava triste. Entretanto, outro telefone toca, e tenho que atender. Fala-me, lavada em lágrimas, outra voz triste, a chamar-me desesperadamente.

Saio, preocupado. Eu próprio andava triste, e naquela noite eramos 3 assim.

Cheguei, escutei. O choro inicial passava a um sorriso escondido. Resolvo ligar à primeira voz, que eu sabia que andava melancólica. Afinal estava ali bem perto, e encontrámo-nos os 3.

E no meio da noite, acabavamos o dia a falar. De inicio, cada um estava triste pela sua razao, cada um no seu lado. No final, a tristeza dava lugar a sorrisos. A mudanças de planos.

Saimos de carro, era tempo de voltar a casa. Primeira paragem: casa da Sara. Saiu com aquele sorriso, dela, simples e sincero. Lágrimas? Nem vê-las.

Segunda paragem: a minha casa. O Tiago parou o carro, fizemos o nosso cumprimento, e deixei-me estar ali, sem dizer nada. "Em que pensas?", perguntou-me.

No que é que eu pensava? Que tinhamos cumprido mais uma missao. Que nesta noite, alguem me chamara, e pude ajudar.

"Mentira, André, mentira", diz-me Pedro, sem me olhar. "Sabes perfeitamente que nao era isso."

Pois nao. Mas quero pensar que sim. Histórias de meia-noite. Nao as percebo.

2 comentários:

Tiago Krug disse...

=)

Anónimo disse...

Uma lágrima, vale sempre muito, quando em seu lugar nasce um verdadeiro rorriso...
Estou convosco...
Beijo grande!
:)
Paula!