Abri a porta do IGL (Instituto Gregoriano de Lisboa9. Era meia noite. Dei a volta à chave. Entrei.
A casa estava imersa num enorme silêncio. Nas escadas de acesso ao primeiro andar, a Laura (de flauta) e a Mafalda conversavam muito baixinho. Quando me viram, levantaram-se e disseram:
"Está toda a gente a dormir."
A Laura (Lopes) sorriu, agradeceu a sua ajuda , e enquanto elas se dirigiam aos seus dormitórios, nós fomos para a sala de alunos. Tinhamos acabado de vir de Alverca, onde haviamos feito uma surpresa ao Tiago Oliveira.
Sentámo-nos no sofá e ficámos em silêncio. Silêncio de cansaço. Apenas Presidente e Vice Presidente. E de repente, a Laura levantou-se e disse:
"'Bora ver um filme?"
"Agora? Mas amanha temos que acordar cedo! Ha trabalhos de ATC para fazer, sabes disso...", respondi, nao muito convicto do que dizia. E essa falta de convicção confirmou-se no olhar dela e consequente resposta:
"É so por isso?.. .. Entao nem te levantes. Vou ja buscar um filme. Ah!.. E queres chá?"
Chá? E porque nao? Haverá melhor bebida para uma noite fria?
E enquanto Laura ia buscar o suposto filme e chá, fui ligando a televisao, a aparelhagem, e saquei das famosas "crackers" gregorianas. Uma chegou para eu desistir de provar mais.
Puxei de um banco, para esticar as pernas, sentei-me completamente reconfortado. Laura chegou, com o chá e o filme, um qualquer que eu nao conhecia. Puxou de duas mantas, uma para cada um, e lá deixámos correr o filme.
Percebi, entretanto, que nem ela nem eu estavamos a ver o filme. Cada um divagava nos seus pensamentos. Eu, perdido de sono, tentava nao fazer-lhe a desfeita. Ela... ela eu sabia que tinha a cabeça noutro lado qualquer. Suspirou. Conheço aquele som.. aquele nao era de aborrecimento, era de preocupação.
Percebi, e pegando-lhe na mao, olhei-a com o meu ar mais sincero e disse:
"Vai correr tudo bem!"
Voltei-me para a televisao. Ela, balbuciando um "espero que sim", encostou a cabeça ao meu ombro.
Nao podia sair dali. Nao queria sair dali. Quero certificar-me que tudo corre bem, enquanto eu puder fazer algo. Um sorriso parvo, uma gargalhada, uma aula de ATC bem passada, mas quero fazer. Ha coisas que nao se explicam.
A casa estava imersa num enorme silêncio. Nas escadas de acesso ao primeiro andar, a Laura (de flauta) e a Mafalda conversavam muito baixinho. Quando me viram, levantaram-se e disseram:
"Está toda a gente a dormir."
A Laura (Lopes) sorriu, agradeceu a sua ajuda , e enquanto elas se dirigiam aos seus dormitórios, nós fomos para a sala de alunos. Tinhamos acabado de vir de Alverca, onde haviamos feito uma surpresa ao Tiago Oliveira.
Sentámo-nos no sofá e ficámos em silêncio. Silêncio de cansaço. Apenas Presidente e Vice Presidente. E de repente, a Laura levantou-se e disse:
"'Bora ver um filme?"
"Agora? Mas amanha temos que acordar cedo! Ha trabalhos de ATC para fazer, sabes disso...", respondi, nao muito convicto do que dizia. E essa falta de convicção confirmou-se no olhar dela e consequente resposta:
"É so por isso?.. .. Entao nem te levantes. Vou ja buscar um filme. Ah!.. E queres chá?"
Chá? E porque nao? Haverá melhor bebida para uma noite fria?
E enquanto Laura ia buscar o suposto filme e chá, fui ligando a televisao, a aparelhagem, e saquei das famosas "crackers" gregorianas. Uma chegou para eu desistir de provar mais.
Puxei de um banco, para esticar as pernas, sentei-me completamente reconfortado. Laura chegou, com o chá e o filme, um qualquer que eu nao conhecia. Puxou de duas mantas, uma para cada um, e lá deixámos correr o filme.
Percebi, entretanto, que nem ela nem eu estavamos a ver o filme. Cada um divagava nos seus pensamentos. Eu, perdido de sono, tentava nao fazer-lhe a desfeita. Ela... ela eu sabia que tinha a cabeça noutro lado qualquer. Suspirou. Conheço aquele som.. aquele nao era de aborrecimento, era de preocupação.
Percebi, e pegando-lhe na mao, olhei-a com o meu ar mais sincero e disse:
"Vai correr tudo bem!"
Voltei-me para a televisao. Ela, balbuciando um "espero que sim", encostou a cabeça ao meu ombro.
Nao podia sair dali. Nao queria sair dali. Quero certificar-me que tudo corre bem, enquanto eu puder fazer algo. Um sorriso parvo, uma gargalhada, uma aula de ATC bem passada, mas quero fazer. Ha coisas que nao se explicam.
3 comentários:
também espero que sim! :)
Um copinho de bagaço ao
pequeno-almoço cura isso.
:P
Ze Bina, porque raio haveria de existir o Dr. Mesquita? Para tratar dos problemas dos seus bros :D
Oh yeah motherfucker, podes crer que vai correr tudo bem, com a nossa pujança habitual vai tudo à frente...e pelos lados também se for preciso ^^
Qualquer coisa já sabes, tens meu número de telemóvel, de casa, do consultório, e-mail...depois ainda dá para falarmos por telegrafo, pombo correio e sinais de fumo.
Awesome, ain't it?:P
Aquele abraço,
Dr. Mesquita
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