domingo, 13 de julho de 2008


Amanha parto, de mochila às costas, para ajudar. Sei que nao vai ser nada facil, talvez ainda nao tenha bem a proporção das coisas, mas uma coisa é certa: Quero ajudar.

Amanha parto, de mochila às costas, para reflectir. Teem sido semanas de aprendizagem intensa, quero restruturar tudo aquilo que tenho aprendido e definir novos rumos. Vai dar trabalho, mas como diz a Irma Ana, "ninguem vem a esta casa e sai igual."

Pedro ri-se ao ler esta linhas. Foi ele me que sugeriu aceitar a proposta da Casa do Bom Samaritano.

Cláudia estava nos seus braços, deitados sobre a cama, a sentirem o por-do-sol. Ela sorria tambem. No entanto, quando olhou para mim mudou as feições. Fazia-o para nao ter que dizer directamente o que queria saber.

"E agora?", perguntou-me. Entendi-lhe as palavras. Percebi a curiosidade e a leve preocupação.

Pedro, ainda antes que eu pudesse responder, disse-lhe, como se eu nao estivesse ali:

"O André será sempre o André. E isso significa tudo. Se hoje a terra é boa para semear, porque nao o será amanha? Se hoje a semente que deitas germina e dá bom fruto, porque nao o dará amanha?..."

Claúdia bebia-lhe as palavras, e eu pasmado fiquei. Pedro nada disse, apenas sorriu. Acho que ele sempre teve, e sempre terá, mais fé que eu. Mas para isso é que há... o lado-oculto.

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