sábado, 18 de outubro de 2008

Comunhão


Tal como o camponês, que canta a semear
A terra,
Ou como tu, pastor, que cantas a bordar
A serra
De brancura,
Assim eu canto, sem me ouvir cantar,
Livre e à minha altura.

Semear trigo e apascentar ovelhas
É oficiar à vida
Numa missa campal.
Mas como sobra desse ritual
Uma leve e gratuita melodia,
Junto ao meu canto de homem natural
Ao grande coro dessa poesia.

Miguel Torga

Hoje é daqueles dias que se pudesse, regredia naquilo que tenho tentado construir na minha cabeça. A lua nao está cheia. Talvez como eu. Nao estou cheio.

Lembro-me do "quase-frade" do filme de ontem. Percebes? Sei que sim.
Obrigado. Por tudo!

1 comentário:

Tiago Krug disse...

"Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar..."

Miguel Torga

Tian, deixa-te somente voar. Não é preciso tentar aprender muito rápido sequer. No momento certo, teremos todas as ferrementas para aquilo que nos será proposto Ser.
Sim, claro que percebo. Aliás, daria o mesmo título ao post.

Anti - vazios que enchem!

E Abraço!
E para a próxima voamos a dar cambalhotas. Estar sempre a fazer o pino faz subir o sangue à cabeça! =P